O presidente do PSD, Luís Montenegro, considerou, este domingo, que "este Governo acabou" e colocou nas mãos do primeiro-ministro e do presidente da República a possibilidade de se anteciparem as legislativas.
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"Foram 13 meses praticamente todos perdidos. E este Governo, de alguma maneira, acabou. E quem o diz não sou eu, é o presidente do PS, quando afirma que este Governo tem que se regenerar, que este Governo foi um falhanço, e eu estou de acordo", declarou, este domingo, o presidente do PSD, Luís Montenegro, à margem de uma visita à Ovibeja.
Para Luís Montenegro, "já foram ultrapassados todos os limites do razoável" e chegou-se "a um ponto de exaustão". "O Governo não pode ficar embrulhado em toda esta bagunça", acrescentou o líder do PSD, exigindo explicações do primeiro-ministro sobre tudo o que se tem passado com a TAP e, em particular, sobre o recurso aos Serviços de Informações para se recuperar um computador.
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"O primeiro-ministro perdeu a sua capacidade de liderança do Governo. Este Governo falhou e acabou", afirmou Luís Montenegro, considerando que, nesta altura, está a desmotivar e a desmobilizar a sociedade.
Por isso, o líder do PSD não vê alternativa: "Ou o Governo muda ou o país tem que mudar de Governo". Ainda assim, não reclama, preto no branco, pela antecipação de eleições legislativas. "Essa questão está nas mãos de duas pessoas: do primeiro-ministro e do presidente da República", considerou. Mas, uma coisa é certa, para Luís Montenegro: "Se os portugueses forem chamados a escolher um Governo novo, escolhem outro partido, o PSD". Ou seja, o PSD será visto pelos portugueses como a alternativa à maioria absoluta socialista, apesar do que tem defendido Marcelo Rebelo de Sousa.