O ministro das Infraestruturas e Habitação afirma que é prematuro estar à procura de crises, numa altura em que todos no Governo estão a iniciar o seu mandato e em plenas funções. Uma espécie de resposta ao discurso de Marcelo Rebelo de Sousa que, na tomada de posse do novo Governo, avisou António Costa que não será fácil substitui-lo "a meio caminho".
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"Era também nisso [evitar crises] que quem pensa e comenta a política devia estar concentrado", afirmou Pedro Nuno Santos, em declarações aos jornalistas esta quinta-feira, avisando que não devemos estar "sempre à procura de um novo caso, de uma nova crise que possa animar as nossas vidas. Mas as vidas dos portugueses já tem imensas preocupações, portanto não devemos estar à procura de crises."
Após ter tomado posse como ministro do XIII Governo Constitucional na passada quarta-feira, Pedro Nuno Santos foi questionado sobre o discurso do presidente da República e considerou contraproducente aludir a uma crise institucional no primeiro dia do novo Governo.
"Nós somos eleitos por quatro anos, nós temos uma maioria absoluta. Temos uma liderança que está comprometida com Portugal, com o Governo, com os compromissos que assumiu perante o país e é nisso que nós estamos concentrados", afirmou Pedro Nuno Santos, em declarações captadas pela SIC.
Além de Pedro Nuno Santos, o presidente do PS, Carlos César, também comentou os discursos de tomada de posse. Numa publicação na rede social Facebook, Carlos César afirmou que o primeiro-ministro, tal como em qualquer democracia e na sequência da renovação expressiva da legitimidade eleitoral do PS, é "refém do povo que o elegeu e dos compromissos que assumiu". O presidente da República acabaria por dar-lhe razão, rejeitando que o seu discurso tenha sido um ultimato às aspirações políticas futuras de António Costa.