Os alunos do 3.º , 6.º e do 9.º ano vão voltar a ser avaliados na leitura, ciências e matemática no próximo ano. Será o segundo diagnóstico ao impacto do ensino à distância e ao consequente plano de recuperação das aprendizagens.
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O segundo estudo amostral está previsto na resolução do Conselho de Ministros, publicada ontem em Diário da República, que prolonga as ações do Plano de Recuperação das Aprendizagens para o próximo ano letivo.
A amostra de alunos e de escolas será definida pelo Instituto de Avaliação Educativa (IAVE). As provas irão realizar-se em janeiro, "num modelo muito idêntico" ao da avaliação feita em 2021. O objetivo é que os resultados sejam "comparativos" e permitam a "produção de indicadores de recuperação", sublinhou o IAVE em resposta enviada ao JN.
Assim, tal como na avaliação feita no ano passado, vão ser testados os níveis de literacia de leitura, informação, matemática e ciências a uma amostra de alunos do 3.º , 6.º e 9.º anos.
No primeiro diagnóstico, cerca de metade dos alunos revelaram dificuldades em responder às questões de nível mais elementar, especialmente os do 2.º º ciclo. Os resultados dispararam os alarmes e levaram o então secretário de Estado, agora ministro da Educação, a afirmar que "não podiam ser ignorados". Esse diagnóstico determinou a aprovação do plano de recuperação das aprendizagens.
"Documento dinâmico"
O plano "Escola +" prevê, entre outras medidas, o reforço de professores e de técnicos especializados, que se manterá no próximo ano letivo. As escolas privilegiaram as coadjuvações no 1.º ciclo e as atividades de leitura em detrimento da reorganização de turmas ou de tempos curriculares.
De acordo com o relatório da Direção Geral de Estatísticas da Educação, os agrupamentos implementaram "mais de 80%" das ações do plano. Quase a meio do 2.º período, a Fenprof pediu o prolongamento do plano devido ao vai-vem de alunos e professores em isolamento até ao início de fevereiro. Uma proposta que mereceu a concordância de diretores.
No diploma agora publicado, lê-se que o plano foi desde o início "um documento dinâmico". Ou seja, abre a porta a possível prolongamento ou revisão das medidas consoante os resultados do diagnóstico de 2023.
As provas deste segundo diagnóstico vão ser realizadas em suporte eletrónico, revelou o IAVE ao JN.