Numa altura em que o preço dos alimentos continua a aumentar, sem sinais de abrandamento, a Ordem dos Nutricionistas reitera a proposta apresentada à Assembleia da República, em outubro passado, de redução do IVA sobre os alimentos essenciais de 6% para 0%. Ao JN, a bastonária Alexandra Bento destaca a "evidência científica de que o preço é um determinante para as escolhas alimentares".
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A posição da Ordem surge em reação à notícia nesta segunda-feira avançada pelo JN, segundo a qual Portugal apresenta alimentos mais caros do que na Alemanha, Espanha e França. "Como fica percetível no trabalho, de lá para cá [desde a apresentação da proposta] o que vemos é o preço dos alimentos a subir continuamente", com os portugueses a terem "mais dificuldades no acesso a bens alimentares essenciais para terem uma vida com saúde".
Por outro lado, vinca Alexandra Bento, há uma "relação muito direta entre o preço e a literacia: corto ao máximo que consigo; se tiver mais literacia eventualmente faço escolhas alimentares mais saudáveis". Explicando, assim, que "estas questões, infelizmente, têm mais impacto para o cidadão económica e socialmente mais desfavorecido".