Operação de Marcelo não altera rotinas no S. João, nem as do próprio (que hoje trabalhou)

Presença de Marcelo não afetou rotinas no Hospital S. João
Foto: Artur Machado
A operação de urgência a uma hérnia encarcerada a que o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi submetido, não provocou grande agitação social na zona do Hospital S. João, no Porto, onde realizou a intervenção cirúrgica de urgência. As rotinas seguiram com a normalidade dos outros dias e, nos estabelecimentos circundantes, parecia que nada havia de novidade. Já Marcelo recusou-se a parar completamente de trabalhar e até promulgou um diploma do Governo a partir do seu quarto hospitalar.
O internamento de urgência de um chefe de Estado não é algo comum, mas esta segunda-feira, no Hospital S. João, localizado na freguesia portuense de Paranhos, a única pista de que poderia passar-se algo diferente era a presença em massa de jornalistas.
Quem circulava dentro da área hospitalar olhava com alguma desconfiança, mas não perdia tempo a tentar perceber o motivo da parafernália mediática instalada. Seja por desconhecimento da situação, seja pelo facto de o estado de saúde do presidente da República estar estável, as pessoas no local não se mostravam interessadas.
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Ultrapassando o perímetro do hospital, a acalmia replicava-se. À medida que o JN entrava nos diversos estabelecimentos comerciais situados do outro lado da rua, era notório o movimento reduzido. Clientes eram raros, e as pessoas que iam circulando faziam-no a um passo apressado, como quem cumpria apenas mais um dia de rotina, alheio a tudo o resto.


Fotos: Artur Machado
A reação da maioria dos proprietários dos estabelecimentos, na maioria cafés ou de papelarias, foi de alguma surpresa com a presença de Marcelo Rebelo de Sousa a poucos metros de distância. No entanto, a proximidade do chefe de Estado não trouxe mais gente à envolvente do hospital de S. João e, consequentemente, também não trouxe mais negócio.
Marcelo não pára
Horas após ter sido submetido a uma cirurgia a uma hérnia encarcerada, Marcelo Rebelo de Sousa já estava pronto para voltar à ação. Embora as recomendações médicas indicassem a necessidade de repouso, o presidente da República sentiu-se com forças para continuar a cumprir os seus deveres. E assim foi.
A partir do quarto hospitalar, promulgou um diploma do Governo que altera o Decreto de 3 de janeiro, que regulamenta o Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social. E fez ainda questão de deixar uma nota no site da Presidência, onde lamenta a morte de Constança Cunha e Sá, considerando-a uma "figura singular do jornalismo português, cujo percurso profissional e humano deixa uma memória indelével em todos quantos com ela tiveram o privilégio de trabalhar e de privar".
