Na inauguração do "Caminho do Centenário" foram hoje divulgadas novas rotas, uma a partir de Gaia e outra de Coimbra, que têm como intuito tirar os peregrinos dos perigos das estradas nacionais, optando por vias mais rurais.
Corpo do artigo
A Associação Caminhos de Fátima (ACF), em parceria com o município de Vila Nova de Gaia e com mais de 40 entidades associadas, apresentou esta quinta-feira duas novas rotas, que constituem o Caminho do Centenário e ligam Vila Nova de Gaia a Fátima e Coimbra ao mesmo santuário, com o recurso a vias secundárias e rurais que oferecem maior segurança.
Pedro Pimpão, presidente da ACF, explicou qual é o trajeto de cada uma das duas rotas. "A que estamos inaugurar hoje, que vai desde Gaia até Fátima, tem cerca de 200 km, passa por 14 concelhos, e é a rota principal. Temos outra, que é a rota Carmelita, que vai de Coimbra e passa por municípios do interior." O projeto não só tem o intuito de proporcionar uma maior riqueza cultural e belas paisagens, mas sobretudo oferecer segurança aos peregrinos.
O presidente da ACF exemplificou com a situação de um acidente na semana passada em que morreu uma peregrina de 61 anos: "Este acidente aconteceu na estrada nacional da zona de Pombal, fora desta rota. Portanto, este Caminho do Centenário é um caminho alternativo que dá mais segurança às pessoas".
Na apresentação do "Caminho Centenário" que decorreu, no Jardim do Morro, o secretário de Estado do Turismo, Nuno Fazenda, explicou de que maneira o turismo de Portugal pode sair beneficiado com estas novas rotas. "É um impacto muito positivo, desde logo não só económico, mas também a nível da diversificação da nossa oferta, porque é um novo ativo turístico, tanto em termos culturais, como religiosos também", disse.
As entidades que conceberam este projeto afirmam que o Caminho do Centenário oferece uma experiência desde o nível pessoal e espiritual até ao turístico, que deve ser valorizada. Pedro Pimpão elucidou ainda sobre a importância do "kit" de segurança que vai ser distribuído gratuitamente aos peregrinos. "É uma pequena mala com um poncho para a chuva, uma garrafa de água, um desdobrável informativo, uma pequena lanterna e um boné", adiantou o líder da ACF.