O ministro Pedro Nuno Santos está envolvido numa polémica por deter, juntamente com o pai, uma empresa que beneficiou de um contrato público por ajuste direto. Eis os outros casos polémicos em governos socialistas.
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João Leão: milhões do ISCTE
Integrou o Governo anterior, mas o caso só se soube este ano: quando era ministro das Finanças, o Governo transferiu 5,2 milhões de euros para um centro do ISCTE. Dois dias após deixar o cargo, Leão passou a vice-reitor da referida instituição.
Ana Abrunhosa: empresas do marido
Duas empresas dirigidas pelo marido da ministra da Coesão Territorial, e que operam na área por ela tutelada, receberam fundos comunitários. António Costa defendeu a ministra, dando conta de que há um parecer "inequívoco" da Procuradoria-Geral da República que a iliba.
Manuel Pizarro: um mês, dois casos
Entrou há um mês e já se viu envolvido em duas polémicas. A primeira foi o eventual conflito de interesses por ser casado com a bastonária dos Nutricionistas; a segunda foi por ser sócio-gerente de uma empresa (em dissolução) da área da Saúde. Na passada quarta-feira, renunciou ao cargo de sócio-gerente.
José Artur Neves: contratos e golas
O filho do então secretário de Estado da Proteção Civil celebrou três contratos com o Estado, quando o pai já integrava o Governo. José Artur Neves, fustigado também pelo caso das golas anti-fumo inflamáveis, apresentaria a demissão.
Pedro Siza Vieira: mulher no Turismo
Em 2018, foi noticiado um possível conflito de interesses: Siza iria tutelar a área do Turismo quando a sua mulher dirigia a Associação de Hotelaria de Portugal (AHP). O então ministro explicou que a AHP não tem "fins lucrativos".
Francisca Van Dunem: contratos do marido
Em 2019, o "Expresso" noticiou que o marido da então ministra da Justiça tinha feito contratos de 587 mil euros com o Governo. Este alegou que não havia favorecimento já que tinha feito contratos quase de igual valor, antes de esta ser ministra.