A tomada de posse do Governo socialista provocou uma reviravolta no Parlamento. E na sessão plenária desta sexta-feira, por ser dia de votações regimentais, já são esperados os novos deputados do PS e os governantes da Direita, cujo regresso obriga aqueles que os substituíram a pôr fim a um mandato relâmpago.
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No PS, a dança de cadeiras envolve 21 eleitos que são substituídos por assumirem funções de ministro ou de secretário de Estado. No PSD e no CDS, 19 governantes regressam à condição de deputado.
Um quarto da bancada do PS transitou para o Governo (10 dos 17 ministros, incluindo António Costa, e onze secretários de Estado). Os ministros em causa são Maria Manuel Leitão Marques, Mário Centeno, Eduardo Cabrita, João Soares, Tiago Brandão Rodrigues, Vieira da Silva, Manuel Caldeira Cabral, Capoulas Santos e Ana Paula Vitorino. Os secretários de Estado são Pedro Nuno Santos, Margarida Marques, José Luís Carneiro, Graça Fonseca, Ricardo Mourinho Félix, Fernando Rocha Andrade, Marcos Perestrello, Isabel Oneto, Jorge Gomes, Catarina Marcelino e José Apolinário.
Tiveram de ser substituídos no PS cinco deputados que foram por Lisboa; três pelo Porto e por Setúbal; dois por Aveiro; e um por Viseu, Viana, Santarém, Braga, Évora, Leiria, Bragança e Faro.
Pelo Porto, entram Joana Lima, Fernando Jesus e Carla Miranda. É que a primeira candidata que deveria subir, Constança Urbano de Sousa, é agora secretária de Estado. Por Lisboa, também Ana Sofia Antunes seria a primeira a entrar, mas foi chamada para a pasta da Inclusão. Os senhores que se seguem são Rui Riso, Miguel Coelho, Wanda Guimarães, Ricardo Leão e Paulo Marques. De Braga, era esperada a entrada de Nuno Sá, mas não irá para o Parlamento por ser técnico superior da Autoridade para as Condições do Trabalho, explicou fonte da bancada ao JN. No seu lugar, entra Palmira Maciel.
Assumem automaticamente o mandato 15 eleitos do PSD e quatro do CDS que saem do Governo. Passos Coelho disse logo que voltaria e Paulo Portas segue o mesmo caminho. Outros governantes que passam à condição de deputado são Maria Luís Albuquerque, Aguiar-Branco, Marques Guedes, Fernando Negrão, Teresa Morais, Carlos Neves e José Cesário (PSD), Mota Soares e Assunção Cristas (CDS). Também Moreira da Silva e a independente Margarida Mano são esperados no hemiciclo. Entre os que são forçados a sair está Filipe Anacoreta Correia, líder da corrente crítica do CDS que tinha substituído Portas. Do PSD, Nuno Encarnação, Rui Ferreira da Silva e Celeste Cardoso são alguns exemplos.