Pedro Nuno critica Moedas e diz que PS "quer continuar a ser a primeira força política autárquica"
O secretário-geral do PS afirmou, este domingo, que o partido "quer continuar a ser a primeira força política autárquica do país" e acusou Carlos Moedas de ser um autarca fraco e de não ter deixado "nenhuma marca" na capital.
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"As autárquicas são o momento alto da nossa democracia, da democracia local. O PS é a principal força política autárquica do país e, daqui a um ano, nós queremos continuar a ser a primeira força política autárquica do país", declarou Pedro Nuno Santos num discurso no Congresso Federativo da Área Urbana de Lisboa (FAUL), que decorreu este domingo no Centro de Congressos do Estoril.
O secretário-geral do PS disse que "não é por acaso" que o seu partido é a primeira força política autárquica, frisando que "os socialistas sabem que a melhor forma de governarem, de gerirem uma freguesia ou uma autarquia, é estando com o povo, sentindo o povo".
"É por isso que o PS é a principal força política autárquica", disse, para, logo de seguida, abordar a situação na Câmara Municipal de Lisboa e deixar duras críticas ao seu autarca, Carlos Moedas.
"Seis meses chegam-nos para avaliarmos um Governo. O que diremos nós de três, quatro anos em Lisboa para nós percebermos o fraco presidente de Câmara que infelizmente a capital do país tem?", questionou.
O líder socialista defendeu que "nunca foi a comunicação, a forma como se comunica, o acesso, que fez um bom presidente de câmara", contrapondo que é preciso serem "homens e mulheres de concretização, capazes de fazer, de mostrar obra".
Pedro Nuno Santos salientou que, em Lisboa, os socialistas sabem isso sabem porque, recentemente, lideraram a autarquia, pedindo que se compara, por exemplo, a situação atual a nível de higiene urbana com a que existia durante o mandato de Fernando Medina.
Vejam "a diferença numa capital que devia ser um exemplo de higiene e é uma vergonha para todos nós, para os lisboetas em particular. Eu tenho dificuldade em compreender o autoconvencimento do presidente da Câmara Municipal de Lisboa porque ele, se sair à rua, não pode estar orgulhoso do seu trabalho", afirmou.
O secretário-geral do PS considerou que Lisboa é "uma cidade com problemas graves de higiene urbana, uma cidade intransitável" e acrescentou que Moedas "não conseguiu deixar uma marca, não tem uma visão nem um futuro para a cidade".
"E o que tem para apresentar? Tem para apresentar algumas coisas, tem. Não foi foram lançadas por ele. Todas as casas, todas, que foram entregues na cidade de Lisboa, nenhuma é da sua responsabilidade. É do PS, é de António Costa, é de Fernando Medina, é do PS", afirmou.
Pedro Nuno Santos disse que o PS tem uma "grande missão pela frente", pedindo para se trabalhar com as estruturas, com os militantes, com as secções e concelhias, para se ganhar freguesias e municípios e fazer de Portugal "um grande país".
Num discurso antes de Pedro Nuno Santos, o presidente da FAUL, Ricardo Leão, tinha afirmado que o "primeiro grande objetivo" da federação é "vencer as eleições autárquicas de 2025, mantendo a maioria dos municípios da Área Metropolitana de Lisboa (AML)".
"O PS já governa sete dos 11 concelhos da AML, e é nossa ambição reforçar esta posição, consolidando a confiança que os cidadãos depositaram em nós", disse o também presidente da Câmara Municipal de Loures.