Prazo para que as autoridades do Iraque respondam se vão levantar a imunidade diplomática termina esta quinta-feira às 24 horas.
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O ministro dos Negócios Estrangeiros revelou esta quarta-feira que as autoridades iraquianas ainda não responderam ao pedido de levantamento da imunidade diplomática dos filhos do embaixador do Iraque em Portugal envolvidos no caso das agressões a um jovem em Ponte de Sor.
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"Tenho expectativa de que a interação que tem existido entre Portugal e o Iraque se conclua e o meu desejo é que se conclua de forma a que seja possível apurar os factos ocorridos em agosto em Ponte de Sor, identificar eventuais responsáveis e, se for caso disso, levar esses responsáveis à justiça", afirmou Augusto Santos Silva no Seminário Diplomático que decorre esta quarta e quinta-feira em Lisboa.
O prazo estabelecido pelo Ministério Público para uma resposta por parte das autoridades iraquianas termina já esta quinta-feira, às 24 horas, depois de o Ministério dos Negócios Estrangeiros ter enviado um novo pedido de levantamento da imunidade diplomática a 7 de dezembro.
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Este foi o segundo pedido das autoridades portuguesas para levantar a imunidade dos dois jovens. Em outubro, o Estado Iraquiano rejeitou um primeiro pedido, reiterando a vontade de cooperar para o esclarecimento dos factos e considerando prematuro o levantamento da imunidade, "dada a fase do processo e a consequente impossibilidade de acesso ao mesmo".
O jovem Rúben Cavaco foi espancado em Ponte de Sor, no distrito de Portalegre, a 17 de agosto, alegadamente pelos filhos do embaixador do Iraque em Portugal, gémeos de 17 anos.