Praias cheias de lixo obrigam a repensar uso de balões, confetes e fogo de artifício
Plano para a costa prevê ações até 2026 para mitigar impacto no ambiente, economia e saúde. Plástico e beatas no top dos resíduos. Proibição de fumar ajudaria a reduzir essa poluição.
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As praias portuguesas estão cheias de lixo, ultrapassando 19 vezes (1865%) o limite aceitável na Europa. São, sobretudo, plásticos e pontas de cigarro, que obrigam a uma intervenção e à aplicação de medidas urgentes, nomeadamente pelos municípios. Limitar o uso de confetes nos espaços públicos, de balões e de plástico descartável na costa marítima, assim como trocar o fogo de artifício por espetáculos de luzes são algumas das propostas apresentadas num plano nacional.
De acordo com o Plano de Ação Nacional para o Lixo Marinho 2024-2026, que inclui o diagnóstico do estado dos areais traçado pela Agência Portuguesa do Ambiente, a mediana das praias em Portugal continental é de 373 itens poluentes por cem metros de praia amostrada, acima do limite estabelecido em 2020 pela União Europeia, que é de apenas 20 itens por cem metros. “A situação do lixo marinho em Portugal exige ação imediata e sustentada para mitigar os impactos negativos nos ecossistemas marinhos, na economia e, potencialmente, na saúde pública”, alerta-se no documento, que propõe ações a implementar até 2026 para dar resposta às obrigações do país.