Conceição Ribeiro não escolheu a Universidade do Minho como primeira opção, mas agora já não se vê a sair de Braga, onde quer terminar o curso, enquanto trabalha em part-time. Gosta da cidade, mas lamenta o custo da habitação. Dentro do campus, destaca a qualidade dos serviços, como a cantina, a preços "acessíveis"
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Conceição Ribeiro, 19 anos, saiu de uma vila em Santa Maria da Feira, em setembro do ano passado, para ir estudar "numa cidade grande". A Universidade do Minho, em Braga, não foi a sua primeira opção, mas agora já não se vê a mudar de academia, mesmo que aponte falhas às condições da residência e do campus de Gualtar, onde frequenta o primeiro ano de Engenharia Química e Biológica.
Antes dos desafios da vida universitária, a primeira "surpresa" foi mesmo com o custo de vida na cidade. "Os preços das casas não eram os que eu estava à espera. Para os apartamentos de melhor qualidade pediam perto de 300 só por um quarto", recorda a estudante, assumindo que acabou por ter de se inscrever na residência universitária, "a última hipótese" que encontrou.
No meio do azar, "teve sorte" por ter vaga na residência Lloyd, a mais próxima do campus de Gualtar. As condições "não são muito más, mas podiam ser melhores", admite, confidenciando que os jovens ali alojados têm um grupo de WhastApp onde partilham os problemas. "Há quem já se tenha queixado que não tem água quente ou que já viram ratos", elucida, ressalvando que nunca passou por qualquer situação desagradável.
Sinto que os professores não têm os recursos que gostariam de ter para nos despertar mais interesse
No campus, elogia "os preços acessíveis" da cantina ou dos bares, onde costuma almoçar ou lanchar, e até a biblioteca, onde gosta de estudar. Por outro lado, dentro da sala de aula, Conceição entende que falta dar mais ferramentas ao corpo docente. "Sinto que os professores não têm os recursos que gostariam de ter para nos despertar mais interesse. Por exemplo, há quem queira ter acesso a mais plataformas e a universidade não oferece", conta a estudante.
Já fora de portas, Conceição Ribeiro lamenta que as festas académicas lhe estejam a passar ao lado, devido ao tempo que passa num part-time. "Nunca fui de vida noturna, mas aqui parece mais interessante, porque está sempre toda a gente a falar do que aconteceu", justifica.