O ministro da Saúde garantiu, esta sexta-feira, que o país se vai antecipar às metas da União Europeia na implementação dos projetos-piloto para os novos rastreios ao cancro do pulmão, próstata e estômago.
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Ao longo deste ano, os projetos-piloto vão ser estudados e "no próximo ano vamos avançar, vamos antecipar-nos às metas europeias [2025]", disse Manuel Pizarro, frisando que estão em causa áreas de inovação.
O ministro adiantou que os novos rastreios serão dirigidos a grupos específicos. No caso do rastreio do cancro do pulmão, o público-alvo serão pessoas que são ou foram grandes fumadores. Já o rastreio do cancro do estômago, cuja incidência é maior em determinadas zonas, como é o caso da região Norte, será implementado em localidades específicas.
"Há aqui um trabalho técnico a fazer. Como é que os vamos definir, como é que os vamos convocar e como é que vamos lidar com um problema que tem que ser estudado, repito, do ponto de vista técnico", explicou, adiantando que o rastreio do pulmão será feito por TAC de baixa resolução, para emitir pouca radiação.
"Depois vamos ter que lidar seguramente com muitas lesões que não sendo lesões cancerígenas vão ter que ser despistadas e, portanto, todo este trabalho tem que ser organizado", acrescentou.
À margem da inauguração das novas instalações do Centro da Mama do Centro Hospitalar e Universitário S. João, Manuel Pizarro destacou os resultados de Portugal no combate às doenças oncológicas, anunciados esta semana num relatório da Comissão Europeia e OCDE.
"É preciso dizer que Portugal é um caso de sucesso no combate às doenças oncológicas. A nossa comparação com a Europa mostra que nós estamos à frente da média europeia", realçou.