A distrital do PSD de Leiria defende que Rui Rio não tem condições para se manter à frente do partido e pretende que se abra um processo de sucessão do líder. "É preciso alguém que revitalize o partido e crie uma nova dinâmica", aponta Rui Rocha, líder da distrital que conseguiu para o partido um dos melhores resultados distritais.
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É mais uma voz das distritais laranjas a exigir mudanças no partido: o líder da distrital do PSD/Leiria, Rui Rocha, lamenta que Rui Rio não tenha feito um "mea culpa" dos resultados obtidos no domingo e a defende que "é tempo de o partido mudar de vida".
"Não acompanho a apreciação que o presidente fez do pior resultado dos últimos anos e muito menos acompanho as comparações feitas entre o resultado e as sondagens, para se fazer crer que resultado até foi positivo", apontou, ao JN, Rui Rocha, que contestou o projeto que a direção do partido apresentou ao eleitorado.
"Não há capacidade de esta tendência no partido continuar, tendo em conta que o presidente do partido não captou a atenção do eleitorado e, sinto, que o partido está pouco entusiasmado. É necessário alguém que revitalize o PSD e crie uma nova dinâmica. Julgo que isso terá de ser feito por alguém diferente de Rui Rio", admitiu referindo aguardar pela marcação do Conselho Nacional extraordinário para a análise dos resultados.
Segundo Rui Rocha, a reunião desse órgão do PSD "é expectável que aconteça nos próximos dias, por não haver talvez interesse da direção nacional que se prolongue por muito tempo um sentimento de algo correu mal". "A análise até poderá ser mais crítica se demorar algum tempo esse agendamento", garantiu, mostrando "disponibilidade para poder participar num projeto de futuro".
Rui Rocha argumenta ainda que, "sem acelerar o processo de eleição", "quem vai tratar do processo das autárquicas é a próxima direção nacional, a partir de janeiro ou fevereiro". Por isso, disse, "ter uma direção dinâmica e capaz de mobilização do partido a partir do início do ano deve ser um dos principais objetivos do PSD desde já".