O PSD e o CDS assinam, esta terça-feira, o acordo que define os moldes das mais de cem coligações que ambos os partidos irão formalizar para as eleições autárquicas. O maior objetivo é comum: derrotar o PS.
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"O nosso grande objetivo é tentar conquistar o maior número de Câmaras possível ao PS", diz ao JN Francisco Tavares, secretário-geral democrata-cristão.
Embora sem revelar quais as autarquias em que o partido irá coligar-se com os sociais-democratas no sufrágio de setembro/outubro, Francisco Tavares assegura que elas serão "possivelmente mais de cem", podendo até ultrapassar o número de coligações estabelecidas há quatro anos.
As câmaras municipais em que os partidos de Direita poderiam, eventualmente, ter ganho aos socialistas em 2017 caso tivessem concorrido juntos serão aquelas em que o "esforço" para haver coligação PSD/CDS será maior, sublinhou.
"Foi decidido desde o início que o Chega ficaria de fora", garantiu o dirigente democrata-cristão. No entanto, pontualmente, as coligações contarão também com o MPT ou o PPM, dois partidos com "tradição autárquica".
Questionado sobre se acredita que o PS poderá perder o estatuto de partido com maior número de autarquias, Francisco Tavares respondeu que tudo dependerá "de como correr a campanha e de como estiver a popularidade do Governo na altura".
Da totalidade de despesas de campanha, 80% ficarão a cargo do partido que liderar a coligação e os restantes 20% irão caber ao partido que vier no segundo lugar da lista. Este rácio "já existia" no acordo de 2017, recorda o dirigente.
O acordo entre PSD e CDS será assinado em Lisboa por Rui Rio, presidente social-democrata, e Francisco Rodrigues dos Santos, líder democrata-cristão. Tal como o CDS, também Rio tem insistido que o objetivo nas autárquicas é reduzir ao máximo a distância face ao PS. Os socialistas têm 159 Câmaras, contra 98 dos laranjas e 6 dos centristas.