Faltam, pelo menos, 12 mil vagas de Pré-Escolar. O Governo quer expandir a rede, mas há educadores suficientes? Na lista, por colocar, estavam esta semana mais de cinco mil. Um número que até pode salvaguardar, para já, a rede pública, mas não assegura um crescimento da oferta, alerta o presidente da Associação de Profissionais de Educadores de Infância (APEI). O grupo é dos mais envelhecidos da classe docente: em 2023-2024, quase um quarto dos educadores tinha 60 ou mais anos. O número aumentou mais de 1000% numa década.
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"Serão precisos, pelo menos, 500 educadores para essas 12 mil vagas", estima Luís Ribeiro. Parece garantido, mas há variáveis que devem ser tidas em conta: o público alimenta-se das saídas do privado e setor social e a rede de Pré-Escolar vai ter de continuar a aumentar para responder ao crescimento exponencial das crianças em creche, que também precisam de educadores. Depois, nos próximos anos, devem aposentar-se até "sete mil" educadores, stima o presidente da APEI.
"As entradas não compensam as saídas", alerta. Luís Ribeiro considera que a rede pública não vai sentir a falta de educadores porque a diferença salarial em relação aos setores privado e social chega aos 600 euros. Por isso, explica, há uma "fuga massiva" para o público.