Recém-especialistas de Medicina Familiar queixam-se de atraso na colocação no SNS
Os recém-especialistas de Medicina Geral e Familiar candidataram-se ao concurso para a contratação de recém-especialistas em Medicina Geral e Familiar, no final de julho, mas continuam à espera de colocação no Sistema Nacional de Saúde. Cansados de esperar, escreveram uma carta aberta a mostrar o seu desagrado e o impacto que este atraso tem "sobretudo em tempos de covid-19".
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"Sei que muitos de vós estão sem médico de família e preocupados com a covid-19 e todas as outras doenças que continuam a existir e têm receio de não ter apoio do Centro de Saúde quando tiverem algum problema porque os médicos que lá trabalham já estão sobrecarregados. Foi-vos dito nos finais de julho que seriam colocados 435 médicos de família nos Centros de Saúde de Portugal. Também nos foi dito a nós. E inscrevemo-nos no concurso. E queremos escolher uma vaga. E todos os dias esperamos por novidades. Mas nada. Nós continuamos "presos por um fio" ao Serviço Nacional de Saúde e vocês continuam sem médico de família", escrevem na carta aberta, entretanto publicada nas redes sociais.
Os recém-especialistas dizem que querem ajudar "as pessoas e até o governo no atingir da meta de todos portugueses em terem médico de família", mas, lamentam, "teimam em atrasar essa nossa vontade".
"Não somos de ferro. Somos pessoas. Seres humanos. Espero que nos compreendam e que nos apoiem. Continuem a lutar pelo direito que têm de ter médico de família. Pode ser que assim o SNS se lembre que existimos, que estamos disponíveis, à espera", concluem.