O reitor da Universidade do Porto considerou esta quinta-feira que o atual modelo de acesso ao Ensino Superior necessita de ser reformulado, mas defende que qualquer nova solução deve guiar-se por princípios de "exigência" e "equidade de acesso".
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Em entrevista à agência Lusa a propósito da possibilidade de existência de novas regras de acesso ao Ensino Superior em Portugal, Sebastião Feyo de Azevedo afirmou que tem uma opinião "muito pessoal" sobre a questão e afirmou que o atual modelo necessita de ser reformulado.
"Concordo que o atual modelo necessita de ser reformulado, mas qualquer nova solução deve ter como princípios basilares a exigência e a equidade de acesso", assumiu, afirmando que se deve exigir conhecimentos nucleares para as diferentes áreas.
"É preciso entender que os nossos jovens só deveriam entrar em cursos para que tivessem as necessárias competências e apetências. Tal obviamente só é alcançável através de uma oferta diversificada em que os cursos superiores curtos têm um papel decisivo. Uma política que tenho insistentemente defendido desde 2004, em linha com as práticas dos países europeus mais desenvolvidos", acrescentou o reitor da segunda maior universidade do país.
Sebastião Feyo de Azevedo considera, contudo, que ainda "não há condições para alterar" a atual política de acesso ao Ensino Superior.
"Na medida em que temos concursos nacionais, e creio que ainda não há condições para alterar esta política, devem exigir-se critérios harmonizados para cada área, de forma a aumentar a equidade num quadro muito exigente de qualidade.
Segundo informou o jornal "Diário Económico" no dia 8, o ministro Manuel Heitor pretende avaliar o regime de acesso ao Ensino Superior e promover o debate público sobre essa matéria.