Governo lança programa Impulso Mais Digital, com 105 milhões, e reforça alojamento estudantil em 70 milhões de euros.
Corpo do artigo
O Ministério da Ciência e Ensino Superior apresenta, nesta sexta-feira, o programa Impulso Mais Digital, com uma dotação de 105 milhões de euros, visando a modernização tecnológica de áreas como a Medicina ou as Ciências Agrárias. Já os programas Impulsos Jovens STEAM e Adultos são reforçados em 15 milhões. Via reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES) conta com mais 70 milhões, para fazer face ao aumento dos custos de construção por via da inflação e como reivindicado por universidades e politécnicos. Contas feitas, destaca o gabinete de Elvira Fortunato, esta reprogramação dá mais 190 milhões de euros às instituições de Ensino Superior.
Olhando o Impulso Mais Digital, avança o Ministério da Ciência e Ensino que, daquele montante, 30 milhões destinam-se à “reforma e modernização da Medicina”, definindo-se como meta ter, no final de junho de 2026, cinco mil estudantes de mestrado integrado com participação em “unidades curriculares com recurso a ambientes digitais ou de simulação médica”. Devendo, também, “pelo menos 7500 profissionais da área da saúde” ter participado em “formação centrada na modernização tecnológica e digital do setor da saúde”.
Às Ciências Agrárias, cuja procura está em declínio, estão destinados 15 milhões para, entre outros pontos, “reformar 20 programas de licenciatura ou mestrado”. O objetivo é “formar mil profissionais do setor agrícola”. O reforço da capacidade formativa em competências digitais soma outros 20 milhões, verba idêntica canalizada para financiar o Programa de Promoção de Sucesso e Redução de Abandono no Superior, com vista a reduzir a taxa de abandono de estudantes inscritos no 1.º ano, pela 1.ª vez, de 24% para 22%, em junho de 2026. Por fim, igual verba está destinada à criação de cinco centros de excelência e inovação pedagógica, com foco nas Ciências Sociais, Humanidades e Artes.
Quanto ao PNAES, e após a reivindicação das instituições, pressionadas pelo aumento dos custos devido à escalada da inflação, obrigando a rever projetos, o Governo anuncia, também hoje, um reforço de 70 milhões de euros, “garantindo assim as melhores condições financeiras para a concretização das empreitadas aprovadas”. Por via da reprogramação do PRR, o programa conta agora com cerca de 520 milhões de euros.