Em votação final global, na próxima terça-feira, o conjunto da proposta do Governo, para passar, terá de obter uma maioria absoluta de 116 votos a favor entre os 230 deputados em efetividade de funções
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Face à oposição manifestada pelo PS, Livre, PCP e Bloco de Esquerda no processo de apreciação na especialidade, em sede de Comissão de Assuntos Constitucionais, em votação final global o Chega terá de juntar-se ao PSD, CDS e Iniciativa Liberal para que a proposta do Governo seja aprovada.
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"A escolha deles [Chega] é se querem ou não uma melhor lei da nacionalidade do que a atual. É essa a opção que o Chega terá de fazer", disse fonte social-democrata à agência Lusa.
A deputada do Chega Cristina Rodrigues afirmou que "o partido ainda vai decidir" face às alterações agora introduzidas no texto da proposta do Governo.
Esta sexta-feira, PSD e CDS reprovaram todas as propostas de alteração apresentadas pelo Chega - algumas delas linhas vermelhas colocadas pelo presidente deste partido, André Ventura - e apenas se aproximaram ao colocarem a condição de garantias de meios de subsistência para acesso à nacionalidade portuguesa.
O Chega, por sua vez, entre outras linhas de demarcação, votou inclusivamente contra a proposta do PSD/CDS de concessão de nacionalidade a apátridas que residam há pelo menos quatro anos em território nacional. Na maioria dos casos, no entanto, o Chega aprovou ou absteve-se nas propostas do PSD/CDS.
