Rui Tavares planta árvore e defende novo modelo de financiamento para o Ensino Superior

No debate, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Rui Tavares reafirmou a necessidade de ser encontrado um “novo modelo para o financiamento do Ensino Superior”, assente em três pilares.

Um deles tem por base a atividade económica e deve destinar-se a um fundo estratégico para se poderem “construir laboratórios, bibliotecas e todos os projetos de longo prazo que não se compadecem com os quatro anos de uma legislatura e que vão passar a ter um financiamento mais difícil na União Europeia”.

Com Portugal a ter de comparticipar os projetos com uma fatia maior do orçamento, Rui Tavares não quer que “reitores e diretores de politécnicos andem a pedinchar para poderem fazer aquilo que o país e a economia precisa”.

Noutro pilar, defende que as despesas de funcionamento sejam “asseguradas pelo Orçamento do Estado” e, num terceiro, a criação de “um fundo de apoio ao estudante do Ensino Superior”.

A plantação de um carvalho e de um buxo duriense no Jardim da Liberdade, junto ao Centro de Ciência Viva de Vila Real, foi uma forma de, simbolicamente, disse Rui Tavares, transportar o desejo de um novo modelo de financiamento para o Ensino Superior.

As plantações também constituem um ato que deve servir de exemplo para a construção de uma sociedade melhor. Na verdade, era para ser apenas o carvalho, mas Rui Tavares acabou por pegar na enxada para plantar também o pequeno buxo, um arbusto com 12 anos. Foi uma iniciativa com a participação da candidata do Livre por Vila Real, Mila Simões de Abreu, e a candidata por Bragança, Anabela Correia.

“Plantar uma árvore é sempre um gesto ético e que nos projeta para o futuro” descreveu Rui Tavares, assegurando que a sua candidatura faz “qualquer coisa” para o país ficar melhor e que “não o faz à espera de reconhecimento”.

O líder do Livre sublinhou que “é assim que as instituições democráticas funcionam e é assim que devem continuar a funcionar contra um discurso de egoísmo, fechamento e divisão”. Insistiu que a maneira de contrariar esse discurso “não é através da palavra, é a através de gestos e plantar uma árvore é um deles”.

O presidente da Câmara Municipal de Vila Real, o socialista Rui Santos, foi convidado para participar na plantação. Justificou a presença com o facto de Vila Real ser “um destino da biodiversidade”, manifestando a disponibilidade para “receber todas as iniciativas de cidadania que permitam criar, recriar e acrescentar biodiversidade ao concelho, ao distrito e, no fundo, ao mundo”.