O líder do PSD disse que se fosse primeiro-ministro, o ministro Eduardo Cabrita "não tinha condições para estar no Governo", porque tem tido um desempenho "muito fraco".
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"Eu não tenho de pedir demissões de ministros porque isso é o primeiro-ministro que deve decidir. O máximo que posso dizer é que, se eu estivesse no lugar de primeiro-ministro, se um ministro que se comporta desta maneira estava ou não estava no Governo? E o ministro Eduardo Cabrita, se eu fosse primeiro-ministro, não tinha condições para estar no Governo, mas não é só exclusivamente por causa de Odemira, é por todo o seu desempenho", referiu Rui Rio.
49 imigrantes que trabalham na agricultura no concelho de Odemira, todos com testes negativos à covid-19, foram realojados, no Zmar Eco Resort e na Pousada da Juventude de Almograve, na quinta-feira de madrugada.
Em declarações aos jornalistas à margem do Conselho Estratégico Nacional (CNE) que esta tarde decorre no Porto, Rio não poupou críticas ao Governo socialista na condução do caso dos imigrantes de Odemira, lembrando que "já em 2018" o relatório anual de Segurança Interna alertava para a situação. "O ministro [da Administração Interna] Cabrita tem um desempenho muito fraco", referiu Rui Rio.
Aponta o dedo aos ministérios da Justiça e Trabalho
Além do Ministério da Administração Interna, o presidente do PSD enumerou outros Ministérios que "tinham obrigação de estar a par e a tratar do caso", apontando o dedo ao Ministério da Justiça "porque a polícia anda a investigar", bem como ao Ministério do Trabalho, "por ter a obrigação de ir lá ver as condições, ou falta delas, em que as pessoas lá estavam a trabalhar".
"A Polícia Judiciária, segundo as notícias que vieram a público, anda a investigar há mais de dois anos. Eu pergunto: se demora dois anos a investigar o que está à vista de todos, não sei para que serve a investigação a não ser para se dizer que se está a fazer", acrescentou.