Muita música, devoção e lágrimas de alegria: os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) foram recebidos em Lisboa, por pessoas de todos os cantos do mundo. À sua espera estavam o patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, e o presidente da câmara, Carlos Moedas, bem como outros elementos do executivo municipal.
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A cruz peregrina e o Ícone de Nossa Senhora Salua Populi Romani chegaram a Lisboa às 23 horas do dia 22 de julho, vindos de Oeiras, depois de percorrerem quase todas as dioceses do país e mais de 40 mil quilómetros pelo mundo inteiro.
Peregrinos do Brasil, Espanha, República Democrática do Congo, Guiné, Camboja, Cabo Verde e de muitos outros lugares juntaram-se aos portugueses e encheram as ruas da Baixa de Lisboa em direção à Sé, ecoando cânticos como “nós somos a juventude do Papa”. Os símbolos foram levados em ombros e, num determinado momento, também o patriarca e o autarca local carregaram a cruz, com a ajuda de outros peregrinos.
“Há de ser incrível”
Mateus Carvalho chegou do Brasil a 22 de julho. A sua primeira vez em Portugal é motivada pela realização da JMJ na capital e as suas expectativas estão altas. “Há de ser incrível mas, sobretudo, um exemplo de conversão para o mundo”, afirmou.
Ilda Pinto, missionária portuguesa na República Democrática do Congo, adiou o seu regresso para poder participar na JMJ e está entusiasmada. Acredita que “os jovens vão ficar com Portugal no coração para o resto das suas vidas”.
Entre bandeiras de todas as cores e de várias nações, Javier Fernandez, de Espanha, participa pela segunda vez numa JMJ e espera que o encontro “sirva como um ponto de união entre Portugal e Espanha”.
Sani Gomes é natural da Guiné-Bissau e estuda em Portugal. Ontem esteve na receção dos símbolos e espera que a JMJ “seja um encontro com Cristo”.
O presidente da CML afirmou aos jornalistas que “está tudo pronto” em Lisboa para receber os cerca de um milhão de peregrinos esperados e admite que a “emoção é muito grande e é histórica”. “Aqui neste edifício [CML] que viu passar tanto, que fez tanta história. Saber que este é o primeiro dia, de certa forma, do resto das nossas vidas, neste evento que é único para a cidade, único para o mundo, único para aqueles que aqui vieram”.
Carlos Moedas assegura que “vai correr tudo bem”, ainda que admita que “obviamente todos os dias haverá problemas”. “O presidente da câmara vai estar 24 horas por dia a tentar resolver para que os problemas não aconteçam”, assegurou.