Carlos Ramos, da Federação Portuguesa do Táxi, disse este sábado à noite que os taxistas "não têm limite" para terminar o protesto, que começou na quarta-feira, dia 19.
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Já depois de terem sido recebidos pelo chefe da Casa Civil da Presidência da República, este sábado à tarde, os taxistas permanecem concentrados na Avenida da Liberdade, em Lisboa, e na Avenida dos Aliados, no Porto, pela quarta noite consecutiva. E dali prometem não sair até serem recebidos pelo primeiro-ministro, António Costa, e haver uma solução para o problema que apontam com a entrada em vigor da chamada "lei uber", a 1 de novembro.
"Não temos limite para terminar este protesto", disse Carlos Ramos, insistindo que os taxistas querem "equilíbrio" entre um setor que é "limitado" e outro que está "completamente liberalizado". "Não temos medo da concorrência, o que nós queremos é que haja equilíbrio", disse, insistindo na necessidade de serem fixados contingentes para os veículos das plataformas, tal como existe para os táxis.
O dirigente da Federação Portuguesa do Táxi considerou que o encontro deste sábado no Palácio de Belém com o chefe da Casa Civil mostra que o presidente da República "está sensível" ao problema e que está a dar um sinal ao Governo e ao Parlamento de que é preciso encontrar-se "uma solução rápida". Segunda-feira as duas associações voltam a Belém para se encontrarem com os assessores económicos da Presidência.
Esta semana, o presidente já admitiu que é preciso completar a legislação em falta, cuja primeira versão foi vetada por Marcelo Rebelo de Sousa e devolvida ao Parlamento em abril deste ano.
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