Programa do Governo abre ainda a porta a mudanças no acesso a universidades e politécnicos
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À semelhança do que já acontece no Básico e Secundário, o Governo quer alargar as tutorias ao Ensino Superior. Para o efeito, vai ser lançado "um programa de combate ao insucesso e ao abandono, assente na figura do tutor e do mentor". Naquilo que consideram ser "um desígnio nacional".
Relativamente ao acesso ao Ensino Superior, o Governo abre a porta a uma discussão sobre o tema, ao propor-se "avaliar a melhoria a introduzir no acesso ao ensino superior, com vista à separação entre a certificação do ensino secundário e o acesso ao ensino superior e à valorização de todas as vias e percursos de ensino". Em cima da mesa poderá estar, assim, o método adotado nestes dois anos de pandemia: exames nacionais apenas para quem quer concorrer ao Superior.
Entre as novidades no que ao Superior concerne, destaque ainda para a intenção de, até 2026, duplicar o novo número de bolsas para frequência em instituições com menor procura e menor pressão demográfica por estudantes economicamente carenciados que residam noutras regiões. Refira-se que o Programa +Superior conta, neste ano letivo, com 2420 novas bolsas, depois do chumbo do Orçamento do Estado para 2022 ter posto em standby o aumento para três mil bolsas.
Também decorrente do chumbo do OE, o programa do Governo volta a pôr na ordem do dia o aumento do valor das bolsas de mestrado, dos atuais 697 euros até um limite de 2750 euros. Liderado por Elvira Fortunato, o Ministério da Ciência e Ensino Superior reafirma a construção de 15 mil camas até 2026 por via do reforço do financiamento do Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior.
A formação de adultos, o acesso ao Superior dos estudantes do ensino secundário profissional, o reforço das formações de curta duração e a inclusão de mais alunos com deficiência mantêm-se nos eixos de atuação. Relativamente à qualificação dos adultos, prevê-se "incentivar o alargamento do número de vagas em horário pós-laboral nas universidades e politécnicos, diferenciando positivamente as instituições do ensino superior que apostem nesta estratégia". Como, em concreto, não avançam.