A PSP do Porto terá um agente de dez em dez metros em todo o percurso urbano que o Papa fará na sexta-feira desde a chegada à serra do Pilar até à saída para a Via de Cintura Interna.
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A PSP do Porto não adianta o número concreto de agentes envolvidos na operação, mas admite que vai recorrer a reforços que estão a frequentar um curso na Escola Prática de Polícia de Torres Novas.
O dispositivo integra meios do comando territorial, mas também as diversas valências da Unidade Especial de Polícia, incluindo o Corpo de Intervenção, Grupo de Operações Especiais, Equipa de Inactivação de Engenhos Explosivos, Grupo Cinotécnico e Corpo de Segurança Pessoal.
De acordo com o subintendente Pedro Moura, oficial do Comando Metropolitano responsável pela coordenação e planeamento da segurança do evento, esta operação policial ocorre num mês particularmente exigente para a PSP do Porto.
Num dossier de imprensa, a PSP apoiou-se em dados da Igreja Católica para prognosticar a presença de 150 mil fiéis no Porto a acolher Bento XVI.
"Os últimos pormenores foram acertados numa reunião, realizada ontem [quarta feira], à noite, com todos os operacionais", elucidou o responsável pela coordenação e planeamento da segurança do evento.
Considerando que esta operação "não é mais complicada" do que outras, "apenas diferente" por envolver um chefe de Estado de grande capacidade mobilizadora, Pedro Moura admitiu semelhanças com a da Red Bull Air Race, ao nível das "mudanças nas rotinas das pessoas", decorrentes dos cortes de trânsito.
A faixa de rodagem de todas as artérias por onde passará o papa fica vedada e, segundo Pedro Moura, "80 por cento do gradeamento já estava colocado ao princípio da manhã de hoje".
"Só faltam alguns cruzamentos. A partir das 20 horas, fechamos a Avenida dos Aliados e, à meia-noite, o resto do percurso", informou.
O Comando da PSP do Porto já avisou os peregrinos para a possibilidade de vários casos de pequena criminalidade, como furtos em viaturas ou de carteiras, durante a visita do papa à cidade.
Pedro Moura recordou a propósito que em Lisboa foram comunicados à polícia dez casos deste tipo e admitiu que muitos mais tenham ocorrido sem participação às autoridades.
O oficial de polícia adiantou, entretanto, que um posto para atender quem se desencontre de familiares vai ser montado junto à estação de metro da Trindade. Acrescentou que a PSP criou uma linha especial de alerta para estes casos, com o número 800 223 686