Rui Rio, Jerónimo de Sousa e Catarina Martins comentaram, esta quarta-feira, o caso de Tancos, depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter refutado suspeitas de que teria sido informado sobre o encobrimento.
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A TVI noticiou que o major da PJ-Militar Vasco Brazão se referiu, numa escuta telefónica, ao Presidente da República, como o "papagaio-mor do reino", que, segundo ele, sabia de tudo sobre a recuperação do material roubado. O Presidente da República reiterou, na terça-feira, nunca ter sido informado, por qualquer meio, sobre o alegado encobrimento na recuperação das armas furtadas de Tancos, e sublinhou que "é bom que fique claro" que "não é criminoso".
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Durante uma visita ao Mercado de Benfica, em Lisboa, Catarina Martins comentou o caso, para repetir o que tem afirmado: "A Justiça deve fazer o seu caminho e deve apurar todas as responsabilidades e todas as consequências. Portugal é uma democracia e é assim que deve funcionar".
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Em Beja, onde começou o quarto dia de campanha eleitoral, Rui Rio considerou inquietante a revelação de escutas telefónicas de um dos arguidos do caso de Tancos, major Vasco Brazão.
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"Fico sempre preocupado quando o nome do presidente da República é envolvido em polémicas. Portugal precisa de uma proteção do órgão que é a Presidência da República. Não podemos brincar com noticias sobre a Presidência da República", disse, numa entrevista no Fórum TSF, na manhã desta quarta-feira.
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Já o secretário-geral do PCP afirmou, em Arcos de Valdevez, não ter "nenhuma razão para suspeitar" da palavra de Marcelo Rebelo de Sousa sobre o alegado envolvimento na recuperação das armas furtadas de Tancos.
A líder do CDS, Assunção Cristas, evitou qualquer comentário à necessidade sentida pelo Presidente da República de dizer que não era criminoso a propósito do caso Tancos e apelou a uma penalização do PS nas urnas.
Apesar da insistência dos jornalistas, uma e outra vez Cristas disse quase sempre as mesmas frases, com mais ou menos variantes, à margem de uma visita à fábrica da Continental, em Vila Real, integrada na campanha para as legislativas. "Nós estamos a tratar de eleições legislativas e não vou comentar mais este assunto."
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Já o secretário-geral do PS, António Costa, recusou-se a fazer qualquer comentário sobre eventuais desenvolvimentos do caso relacionado com o furto de material militar na base de Tancos, alegando que esse processo pertence à esfera da justiça. "Isso é da justiça", respondeu.