O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas afirmou que, em princípio, não haverá portugueses na região atingida pelo epicentro do sismo registado na costa sul do México. O JN falou com um português que vive no centro da capital, onde os abalos não passaram de um "susto".
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"Em princípio, nós não teremos portugueses naquela região (estado de Chiapas). Contudo, a nossa embaixada, que connosco falou às quatro horas da manhã, transmitiu que continuava a acompanhar todas as informações e em contacto com as autoridades locais", declarou José Luís Carneiro, em Andorra, onde está a acompanhar a visita do Presidente da República a este principado.
Como lembrou José Luís Carneiro, há "cerca de dois mil portugueses registados na secção consular da embaixada do México".
O embaixador português no México, Jorge Roza de Oliveira, já tinha afirmado à agência Lusa que não haveria portugueses entre as vítimas do sismo que atingiu na quinta-feira à noite a costa sul do México.
O sismo de magnitude 8,4 na escala de Richter, e que já teve várias réplicas de menor magnitude, derrubou casas no estado de Chiapas e fez edifícios abanar violentamente na Cidade do México, provocando pelo menos 32 mortos, estabelecendo-se nesse número o último balanço.
O Presidente do México, Enrique Peña Neto, advertiu a população para a possibilidade de, nas próximas 24 horas, se registar uma forte réplica.
O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico ativou um alerta para o México, Guatemala, El Salvador, Costa Rica, Nicarágua, Panamá, Honduras e Equador.
Português "muito assustado" com o abalo
Ao JN, o português Paulo Pereira, residente na Cidade do México há cerca de dois anos, disse ter-se sentido "assustado" como nunca quando o edifício de 24 andares onde vive começou a abanar, pelas 23.49 locais (5.40 de sexta-feira em Portugal continental).
No dia anterior houve um alarme falso
"A sirene sísmica deu o alerta cerca de um minuto antes e as pessoas começaram a sair de casa", contou, ressalvando que "houve muita gente que não saiu" logo porque, um dia antes, tinha "havido um alarme falso" causado por "erro humano".
"As pessoas só saíram todas quando sentiram tudo a abanar", disse. Os habitantes do prédio concentraram-se em pontos de encontro no exterior do prédio.
Apesar de ser comum o registo de sismos na região, Paulo nunca tinha sentido um sismo de magnitude 8,4. "Sentiu-se muito, o edifício a abanar, as paredes a fazerem barulho, muito assustador", descreveu.
Apesar do susto, não houve grandes estragos. As escolas estão encerradas por uma questão de prevenção mas todos os restantes serviços estão em funcionamento.