O Parlamento chumbou esta quinta-feira, ao fim de cerca de quatro horas de debate, a moção de censura ao Governo apresentada pela IL. Além dos liberais, só o Chega votou a favor, com PSD, BE e PAN a absterem-se e PS, PCP e Livre a votarem contra.
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Dos 230 deputados, 224 marcaram presença na votação. Houve 19 votos a favor (11 do Chega e oito da IL), 126 votos contra (119 do PS, seis do PCP e um do Livre) e 79 abstenções (73 do PSD, cinco do BE e um do PAN).
Esta foi a segunda moção de censura que o Executivo teve de enfrentar em nove meses de funções, depois daquela que o Chega apresentou em julho. Dada a maioria absoluta do PS, o chumbo de ambas as moções esteve garantido desde o início.
Durante o longo debate, o primeiro-ministro anunciou que, em virtude dos vários casos que têm fustigado o Governo, passará a fazer um maior escrutínio a quem entre no Executivo.
Também defendeu que Carla Alves, a recém-empossada secretária de Estado da Agricultura que tem as contas bancárias arrestadas, não deve ser demitida pelo facto de o marido estar envolvido num processo. Contudo, avisou que, caso a governante tenha praticado alguma ilegalidade, sairá.