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Há uma grande rivalidade nas palavras mais ouvidas em Portugal nas últimas semanas. "Incêndios" e "aumentos" têm marcado os temas diários mais comentados pelos portugueses e, esta segunda-feira, "aumentos" ganhou mais pontos e lidera a tabela classificativa do mediatismo.
Os condutores acordaram hoje com o preço do gasóleo mais caro 11 cêntimos e a gasolina um cêntimo. Mas não só. Segundo o relatório da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), a média dos preços nas gasolineiras ficou, no caso da gasolina, 2,3 cêntimos acima do preço médio semanal determinado pela ERSE e 1,6 cêntimos abaixo no gasóleo.
Mas se isto foi um caso que se tornou habitual durante muitas semanas desde o início da guerra, o regresso às aulas será mais um motivo para dificultar a vida das famílias. Isto porque um cabaz de material escolar básico está 15 euros mais caro, quando comparado com o mês de agosto de 2021, revelou ao JN/Dinheiro Vivo o "KuantoKusta". Em agosto do ano passado, um cabaz para um aluno do segundo ciclo, contendo lápis e esferográficas, cadernos, uma mochila, estojo e calculadora científica, custava 92,12 euros. Em agosto deste ano, o mesmo cabaz custa 107,36 euros.
O tempo ainda está quente mas com setembro a chegar, os portugueses já começam a pensar em como vão gerir o orçamento para o inverno. Afinal, não é só a gasolina ou a alimentação que vai aumentar em custo, mas também o gás. Goldenergy anunciou que vai aumentar o preço do gás nos segmentos residencial e pequenos negócios em cerca de seis euros (mas que pode ser de dez euros no inverno), com o novo tarifário a vigorar a partir de outubro e até ao final do ano.
Mas se o custo de vida continua a aumentar, o bolso dos portugueses não vai pelo mesmo caminho e um dos setores que se pode queixar é o da produção de leite. Segundo os dados revelados pela Comissão Europeia, Portugal paga em média 38,2 cêntimos por litro, menos 11,2 cêntimos que a média europeia. Somos o país, na Europa, que pior paga aos produtores de leite e estamos a 2,2 cêntimos da Hungria, o penúltimo classificado.
Se pela Europa o tema dominante vai sendo o aumento dos preços, em Angola (com bastantes ecos em Portugal) o mais relevante são as eleições. Esta segunda-feira, a Comissão Nacional Eleitoral de Angola (CNE) anunciou os resultados oficiais das eleições presidenciais, confirmando a maioria do Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA) - que contabilizou um total de 3.209.429 votos válidos, permitindo-lhe eleger 124 deputados, o equivalente a 51,17% do hemiciclo parlamentar, ou seja, maioria absoluta.
Ora, o combustível não quer deixar de ser protagonista e esta segunda-feira até cancelou uma missão espacial. Uma fuga de combustível no novo foguetão da NASA levou ao cancelamento da primeira missão do programa Artemis, que pretendia marcar o regresso da Humanidade à Lua. Esta missão é de alta importância, visto que pretende inaugurar uma nova era na exploração espacial, lançando as bases para a chegada do Homem a Marte, prevista para 2040.
No desporto, o Grande Prémio JN arrancou hoje na Figueira da Foz, com Mauricio Moreira em grande destaque. O corredor da Glassdrive/Q8/Anicolor tornou-se no primeiro camisola amarela da 31.ª edição do Grande Prémio JN/Leilosoc. O uruguaio completou o contrarrelógio inicial, de 11,3 quilómetros, na marginal figueirense, em 14.53 segundos.