A Maternidade Alfredo da Costa vai fechar o bloco de partos. Não, afinal não vai fechar. O incêndio em Vila Real foi dado como extinto. Não, afinal reacendeu. Os Coldplay vão dar um concerto em Coimbra em 2023. Inicialmente falou-se em dois, mas afinal podem ser até quatro. Abre e fecha, acende e apaga, um, dois ou talvez quatro. Não é contra-informação, mas apenas a singularidade destes dias em que nada é linear.
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Responsáveis da Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, anunciaram esta terça-feira que a urgência de Ginecologia e Obstetrícia e o bloco de partos vão funcionar nos dias que restam de agosto. O bloco ia fechar esta noite até sexta-feira, mas entretanto foi possível convencer os médicos da casa a dar mais umas horas extra. As escalas estão "nos mínimos, mas asseguradas". Para setembro ainda não há garantias. Sobra apenas uma certeza: "o SNS não pode funcionar à conta de horas extra".
Os dias correm, as soluções de fundo tardam e o bastonário da Ordem dos Médicos já avisou que "setembro pode ser pior do que agosto". Depois de uma reunião com médicos internos da especialidade de Ginecologia e Obstetrícia, Miguel Guimarães fez saber que há um hospital do país em que todos os internos já contam mais de 650 horas extraordinárias. Um "volume inaceitável", "próximo da escravatura", classificou Miguel Guimarães. Cá para nós, a gravidade da situação justificaria a denúncia do hospital em causa e uma reflexão profunda sobre o futuro destes médicos no Serviço Nacional de Saúde.
Enquanto as urgências hospitalares ardem em lume brando, os incêndios continuam a consumir hectares e hectares. Em Vila Real, o fogo que tinha sido dado como dominado, ontem à noite, reacendeu hoje com força na zona do Alvão. E "os ventos desfavoráveis" estão a complicar o combate às chamas para desespero dos meios que estão no terreno. Um operacional captou a imagem de um tornado de fogo que ocorreu ontem naquela zona. O vídeo pode ser visto aqui.
Desfavoráveis são também os números que nos chegam do leste da Europa, de uma Ucrânia em guerra há seis meses: nove mil soldados mortos, mil crianças mortas ou feridas, 12 milhões de refugiados e deslocados internos. Números sem rostos, que tendemos a esquecer com o passar dos meses.
Por cá, o anúncio de um concerto dos Coldplay em Coimbra, em maio de 2023, com venda de bilhetes a partir de quinta-feira, está a agitar os fãs da banda britânica. Inicialmente, falou-se em dois concertos, agora há a certeza de um. Mas, entretanto, o vice-presidente da autarquia de Coimbra veio afirmar que foram os Coldplay que escolheram a cidade e que a banda pode dar não um, mas até quatro concertos. Afinal, em que ficamos?