A expectativa era alta e Frederico Pinheiro não desiludiu. "Eu não roubei nem furtei computador nenhum" é apenas uma das declarações fortes que o ex-adjunto do ministro das Infraestruturas proferiu, esta quarta-feira, na Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP. Da sua versão sobre alegadas agressões no Ministério da Infraestruturas às abordagens do SIS e da PJ, não faltaram motivos de interesse à audição do ex-adjunto. Os deputados da oposição agarraram a oportunidade com unhas e dentes e prolongaram-na por mais de cinco horas, mas, para recuperar o que de essencial foi dito, confira <a href="https://www.jn.pt/nacional/ao-minuto/frederico-pinheiro-ouvido-na-comissao-de-inquerito-a-tap-16370757.html" target="_blank">aqui </a>o acompanhamento, "ao minuto", feito pelas jornalistas Rita Neves Costa e Rita Salcedas.
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Antes da audição de Frederico Pinheiro, já a ministra da Justiça se pronunciara sobre o caso. Catarina Sarmento e Castro revelou que, na noite do alegado roubo do computador, recebeu um telefonema do ministro das Infraestruturas, João Galamba. "O senhor ministro telefonou-me eram 11 da noite e queria, somente, que o pusesse em contacto com a Polícia Judiciária", contou Catarina Sarmento e Castro, garantindo que não falaram sobre o Serviço de Informações de Segurança. "Não sei quem contactou o SIS".
A Norte, a jornada noticiosa continuou a ser marcada pela Operação Babel, em que foi detido, na terça-feira, o vice-presidente da Câmara de Gaia, por suspeitas de corrupção que envolvem empresas do Grupo Fortera e do empresário Paulo Malafaia. Esta quarta-feira à tarde, o JN revelou que a investigação também levou a Polícia Judiciária e do DIAP Regional do Porto a realizarem buscas na Câmara de Braga, por causa de um negócio que envolve o Convento do Carmo.
O Fisco também saiu à rua, em mais uma operação de buscas sobre as sociedades anónimas desportivas dos três maiores clubes de futebol, que também visou vários empresários, num processo dirigido pelo Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal. Mais uma vez, estão em causa as habilidades fiscais de clubes e empresários, na contratação de futebolistas profissionais, para pagar menos impostos e menos contribuições para a Segurança Social. Nos últimos anos, o país assistiu a várias operações do Fisco sobre o mesmo fenómeno, mas ainda não conheceu os resultados.
Em França, a Justiça deu mais um passo num dos processos que envolve o ex-presidente Nicolas Sarkozy, com a confirmação, ainda recorrível, de uma sentença de três anos de prisão. Segundo a juíza do Tribunal de Paris titular do processo, Sarkozy "beneficiou do estatuto de ex-presidente (...) para obter benefícios pessoais" noutro processo judicial.
Em Coimbra, ou, mais precisamente, no Estádio Cidade de Coimbra, o circo está montado para quatro noites de concertos dos Coldplay. A banda pop atraiu à cidade milhares de fãs que abancaram à porta do estádio durante a tarde e o JN esteve lá para medir a temperatura.
De lá de fora, e para finalizar, uma noticia positiva de um dos nossos: o ciclista João Almeida subiu ao terceiro lugar no Giro de Itália, fruto da desistência do rival Tao Geoghegan Hart, mas também, é justo repeti-lo, da sua enorme consistência.