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João Almeida (UAE-Team Emirates), de 24 anos, venceu hoje a 16.ª etapa da Volta a Itália, que ligou Sabbio Chiese a Monte Bondone, na distância de 203 quilómetros, e subiu ao segundo lugar da geral do Giro, 18 segundos atrás do galês Geraint Thomas, que lidera a prova global. O português - natural das Caldas da Rainha e que ganhou a alcunha de "Duro das Caldas", pela habilidade com que conduz a bicicleta e numa alusão ao artesanato fálico típico da cidade - estreou-se, assim, a ganhar uma tirada numa grande Volta e pode lutar pela liderança nos próximos dias. Um "sonho tornado realidade", admitiu o ciclista momentos depois da vitória. "Ao longo destes anos estive sempre tão perto e tão longe, ao mesmo tempo, mas finalmente consegui. Estou super feliz, sem palavras", reagiu o ciclista momentos depois da vitória.
Quem hoje também triunfou foi a GNR, que deteve pelo menos 15 pessoas numa operação no Grande Porto contra furtos a casas, estabelecimentos comerciais e carros. As buscas começaram pela fresca e levaram 300 militares a Valongo, Penafiel, Maia, Matosinhos, Paços de Ferreira, Porto e Gaia, concelhos onde residem as 30 pessoas suspeitas de integrar a rede criminosa. Os indivíduos deslocavam-se em carros de alta cilindrada por todo o país, sinalizavam as casas que queriam assaltar e, chegada a oportunidade, entravam e levavam ouro e dinheiro. Um dos alvos da operação, como explicam os jornalistas Roberto Bessa Moreira e Mónica Ferreira, foi um restaurante em Penafiel, suspeito de comprar carne roubada pela organização criminosa, que também se dedicava ao furto de produtos alimentares, como camarão, bacalhau e picanha, depois vendidos a comerciantes. As autoridades, que andavam há um ano no encalço da rede, acabaram por fechar "O Engaço" ao almoço para os clientes não irem no engodo. Apreensões de carne de cavalo não são inéditas, e há até quem sirva gato em alguns cantos do mundo, mas bife de gatuno a cavalo é, de facto, inovação digna de estrela Michelin.
Ainda no campo das investigações, a PJ, essa, iniciou esta manhã novas buscas relacionadas com o caso de Madeleine McCann, desaparecida a 3 de maio de 2007, na Praia da Luz, em Lagos. Começaram às 8 horas, na barragem do Arade, em Silves, envolvendo dezenas de inspetores e cães pisteiros, acompanhados por autoridades alemãs e inglesas, responsáveis por fazer a ponte entre Portugal e os pais de Maddie, no Reino Unido. O aparato mediático do caso que há 16 anos envolveu e continua a envolver os média de todo o mundo está hoje concentrado a cerca de 50 quilómetros do local onde a menina inglesa, na altura com três anos, desapareceu. Leia mais aqui.