Uma coisa é certa nos próximos tempos: a novela da TAP está longe de terminar. Num dia em que volta a haver uma audição na comissão parlamentar de inquérito à gestão da companhia aérea, o Governo e a Oposição andam de candeias às avessas. Tudo por causa de documentos. O que também parece não ter fim à vista: é a promulgação da morte medicamente assistida em Portugal. O presidente da República enviou o diploma de volta ao Parlamento.
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O presidente da Comissão de Vencimentos da TAP está a ser ouvido, esta quarta-feira à tarde, na comissão parlamentar de inquérito sobre a gestão da TAP. Mas, ainda antes de Tiago Aires Mateus ser ouvido e questionado pelos deputados, já corria muita tinta sobre a companhia aérea portuguesa, nomeadamente a recusa do Governo em enviar os documentos jurídicos que fundamentam o despedimento por justa causa de Christine Ourmières-Widener, agora ex-CEO da TAP. A troca de acusações entre o Executivo e a Oposição está ao rubro, com o presidente do PSD a acusar o Governo liderado por António Costa de "crime de desobediência qualificada". O PS defende-se e diz que Luís Montenegro está a abusar do poder. Saiba o que se passa aqui.
Há outro importante tema a marcar o dia de hoje. O presidente da República devolveu o diploma da eutanásia ao Parlamento, por considerar que falta clarificação em dois pontos: quem vai definir "a incapacidade física do doente para autoadministrar os fármacos letais" e quem vai assegurar "a supervisão médica durante o ato de morte medicamente assistida". Este é já o quarto diploma sobre a morte medicamente assistida aprovado pelo Parlamento em votação final global. O anterior diploma tinha sido declarado inconstitucional pelo Tribunal Constitucional por não estar claro se era necessário "cumulativamente, sofrimento físico, psicológico e espiritual" ou apenas um para ter acesso à morte medicamente assistida. Um sem número de avanços e recuos a que estaremos atentos nos próximos tempos.
Para quem anda na estrada, a pé, de bicicleta ou de carro, não é difícil perceber que a mobilidade provoca nervos a muitas pessoas. A começar pelas filas de trânsito intermináveis nas cidades até ao convívio pouco saudável entre os adeptos da mobilidade suave, como os utilizadores de bicicleta, e os que precisam do carro para se deslocar, todos os dias, de casa para o trabalho. No Porto, o vice-presidente da autarquia afirmou que as restrições ao trânsito no tabuleiro inferior da Ponte Luís I são definitivas. O que é que isto significa? O tabuleiro é exclusivo, agora, para peões, transportes públicos, táxis, velocípedes e veículos prioritários. O jornalista Hugo Silva conta tudo em pormenor.
Na área da saúde, a entidade reguladora suspendeu temporariamente a atividade de três estabelecimentos por realizar cuidados de saúde na área da estética por profissionais não habilitados. De acordo com aquele organismo, que recebeu um conjunto de denúncias, os espaços estariam a promover a aplicação de toxina botulínica (também conhecido como botox) e a realização de peelings químicos, atos que só podem ser realizados por um médico. O Ministério Público já tem conhecimento dos casos.
O jornalista Luís Antunes está em Milão, na Itália, a acompanhar a segunda mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões entre o Inter de Milão e o Benfica. Apesar da derrota por 2-0 na primeira mão, em Lisboa, os adeptos das águias estão confiantes numa reviravolta. A bola começa a rolar às 20 horas desta quarta-feira no Estádio Giuseppe Meazza.
Por vezes, na redação do JN, somos agraciados com alguma música. Esta quarta-feira à tarde, a guitarrista e compositora portuguesa Mary N apresentou o novo álbum "Better". Deixo-lhe esta melodia.
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