A Comissão Europeia prepara-se para tirar da cartola uma pequena bazuca de 140 mil milhões de euros com a criação da controversa taxa sobre lucros inesperados. O novo imposto deverá ser de um terço dos lucros extraordinários dos combustíveis fósseis e reverterá a favor dos que mais sofrem com a crise energética: famílias e empresas vulneráveis e indústria intensiva em energia.
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Os 140 mil milhões de euros que a União Europeia espera arrecadar com as medidas de mitigação da crise energética equivalem a um quinto do Mecanismo de Recuperação e Resiliência, a "bazuca europeia". A principal medida é a "windfall tax", a taxa de 33% sobre os lucros extraordinários das empresas de petróleo, gás, carvão e refinaria.
A ideia é tirar um terço dos lucros às empresas que, naqueles setores, os viram aumentar em 20% ou mais, em 2022. Depois de arrecadado o dinheiro, o objetivo é entregar o produto da cobrança aos consumidores, nomeadamente "os agregados familiares vulneráveis, as empresas mais afetadas e as indústrias intensivas em energia", informou a Comissão Europeia.
O tema divide a Direita e a Esquerda políticas. A Esquerda não tem dúvidas dos benefícios porque quem mais ganha com a crise deve ser solidário com quem mais perde. A Direita acena com a perda de competitividade do espaço económico europeu pois a excessiva tributação pode resultar em perdas de negócios e empresas importantes e, com isso, um prejuízo a longo prazo. Até agora, o Governo sempre afastou a possibilidade de criar uma windfall tax em Portugal, mas as posições da Comissão Europeia e de destacados militantes socialistas podem convencer António Costa.
Quem ainda não falou do assunto foi Marcelo Rebelo de Sousa que esta quarta-feira representou Portugal no funeral da rainha Isabel II. O último adeus à monarca juntou milhares de pessoas num cortejo fúnebre rumo a Westminster acompanhado por filhos e netos. A Rita Salcedas esteve em Londres a ouvir o que têm a dizer os irlandeses sobre a rainha e as opiniões são positivas.
O caso desportivo do dia foi protagonizado por um grupo de ineptos que, à socapa, decidiram que a melhor forma de mostrar o descontentamento com um treinador de futebol era apedrejando o carro onde seguia o seu filho de sete anos. Falharam. E não foi só a falta de pontaria. Também falharam porque as reações do presidente da Câmara Municipal do Porto e da principal claque do clube foram rápidas e incisivas na crítica a este comportamento.