Boa tarde caro leitor. Podia o título desta newsletter ser a tática de Roger Schmidt em dia de Benfica – Marselha, mas não. É sobre a forma como o Governo escolheu defender o programa no Parlamento, com críticas ao PS e ao Chega, tentando amarrar a Oposição.
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Luís Montenegro não apresentou apenas o que quer fazer nos próximos quatro anos. Também enumerou o que ficou por fazer no Governo anterior e chamou a Oposição à liça: “não rejeitar o programa do Governo significa permitir a sua execução até ao final do mandato”.
A alegação foi recebida com críticas do Chega e do PS que são quem tem o poder para, em conjunto, derrubar o Governo. Mas o primeiro-ministro alegou que “os portugueses não perdoarão” se o Governo for derrubado e apresentou-se com tanta confiança que o líder da Oposição, Pedro Nuno Santos, instou-o a apresentar uma moção de confiança. E acusou-o de ter “arrogância”.
Ao ataque esteve também o novo ministro dos fundos europeus, Manuel Castro Almeida. Ao fazer um balanço sobre os três principais fundos comunitários – Portugal 2020, PRR e Portugal 2030 – revelou que todos têm atraso. O Pt2020 já devia estar encerrado e não está. O PRR tem uma execução “medíocre”. O Pt 2030 tem 99,5% por executar.
O único defesa da equipa foi o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento. Calha-lhe a tarefa de encontrar verbas para pagar as promessas eleitorais, mas avisa: “Não prometemos dar tudo a todos”. E quanto às carreiras da Função Pública, só depois de se pagarem promessas.
A investigação que visa António Costa e que ajudou a derrubar o Governo anterior passou do Supremo Tribunal de Justiça para o DCIAP. António Costa já não é primeiro-ministro e aquele é o local certo. A Procuradora-Geral da República avisa que a investigação durará “o tempo que for necessário”, em resposta ao pedido de celeridade do anterior primeiro-ministro.
Se tem filhos em idade escolar no próximo ano, saiba que a época de matrículas já abriu. Pode consultar o nosso explicador para saber o que precisa de fazer.
No dossiê dos abusos sexuais perpetrados e omitidos pela igreja em Portugal, os bispos aprovaram hoje a atribuição de compensações financeiras às vítimas. Uma comissão de avaliação vai determinar quais os montantes a atribuir.
Ainda no plano nacional, já há resultados do processo disciplinar instaurado aos 13 militares que se recusaram a embarcar no NRP Mondego a 13 de março do ano passado. Serão suspensos por um período máximo de três meses.
No plano internacional, o destaque vai para a morte de O. J. Simpson, o polémico craque do futebol norte-americano. Sobre ele pendeu sempre o anátema relacionado com o “julgamento do século”, no qual respondeu pela morte da ex-mulher e de um amigo. Foi ilibado, mas o veredito foi muito polémico e muitos nunca acreditaram na sua inocência.
Boas leituras.