Hoje acordámos com a notícia de que as autoridades portuguesas recusaram a entrada na fronteira a uma mulher com dois filhos menores. As crianças estavam dadas como desaparecidas e os três acabaram por ser entregues às autoridades espanholas.
Corpo do artigo
Ao todo, 83 pessoas já foram assim impedidas de entrar em Portugal. É certo que este número é irrisório se considerarmos que meio milhão de pessoas já foram fiscalizadas pelas autoridades no âmbito da Jornada Mundial da Juventude. No entanto, faz-nos pensar quantas mais não ficariam à porta se a reposição do controlo documental nas fronteiras não acontecesse apenas a título excecional de forma a acautelar eventuais ameaças à ordem pública e à segurança interna.
Por falar em Jornada, o ministro da Administração de Interna rejeitou, esta tarde, que tenha existido uma falha de segurança a propósito da instalação da "passadeira da vergonha" no altar-palco, no Parque Tejo, em Lisboa. As declarações de José Luís Carneiro surgiram após a ação de protesto do artista Bordalo II, que criticou os "milhões do dinheiro público" investidos para receber o Papa, ter-se tornado viral nas últimas 24 horas. O secretário-geral do Sistema de Segurança Interna já veio dizer que o espaço é da "responsabilidade do empreiteiro da obra" e "da empresa privada contratada para o serviço de segurança", mas o autarca de Lisboa, Carlos Moedas, desvalorizou o episódio.
Subindo um pouco no mapa de Portugal, é só na próxima segunda-feira que a Câmara de Gaia vai votar a abertura do tabuleiro inferior da Ponte de Luís I a todo o trânsito entre as 20 horas e as seis da manhã. A concretizar-se, deverá acontecer "algures por setembro", a tempo do arranque do ano letivo. Essa é, pelo menos, a previsão do autarca gaiense, como nos revela a jornalista Adriana Castro neste artigo. Argumentando que o trânsito noturno está a ser penalizado "sem nenhuma necessidade", Eduardo Vítor Rodrigues voltou a frisar que a mudança não é nenhum "recuo", mas sim "um ajustamento". Isto porque a travessia está há três meses reservada a peões, velocípedes, táxis e transporte público. Pelo menos em teoria, porque as contagens dão-nos conta da passagem diária de centenas de veículos não autorizados.
Se é um habitual contribuidor da Wikipédia, fique a saber que pode ficar mais difícil colaborar com a enciclopédia online no futuro. E tudo por culpa de César do Paço. As preocupações, que pode ler aqui, são de dois responsáveis da plataforma que garantem estar numa "luta" para proteger a identidade dos autores que inseriram informações "inverídicas" na biografia do empresário português. Este mês, a Relação de Lisboa obrigou a plataforma a apagar o conteúdo falso, dando razão parcial a César do Paço, que chegou a financiar o partido Chega com dez mil euros. No entanto, a Wikipédia garante que não vai ceder e continua a acusar o benfeitor de "abusar da lei" e do "sistema legal" para "censurar informações" que considera "precisas e importantes".
Esta sexta-feira ficamos também a saber que o surfista português Vasco Ribeiro foi suspenso por três anos por falhar controlos antidoping. O motivo: um problema de consumo de droga. "Chegou o momento de assumir as consequências dos meus atos e dizer publicamente que errei", admitiu o atleta que há cerca de um ano anunciou uma pausa na competição devido a problemas de saúde mental. Como um seguidor lhe escreveu, não é como cai, mas como se levanta.