
Número de estudantes universitários tem diminuido
Foto: Artur Machado
A redução histórica do número de estudantes universitários vê-se a olho nu. Sente-se a vários níveis: na dinâmica das cidades, na animação nas ruas, na economia local. O impacto é percetível. O aluguer de casas, o movimento em restaurantes e cafés, os jantares de curso ressentem-se. Os politécnicos da Guarda e de Tomar vivem na pele essas realidades. Dois exemplos que se tocam, duas experiências semelhantes. O preço da interioridade também se manifesta aqui.
Corpo do artigo
"A prova de que há menos alunos é que esta loja vai fechar. E está tudo dito." Ana Oliveira, funcionária de um espaço que vende trajes académicos e todos os adereços possíveis e imaginários para a vida académica (fitas, emblemas, capas, e por aí fora) atira a frase em jeito de confirmação. Há 20 anos que ali trabalha e jamais esperou falar assim. "Ao princípio, vendia muito bem, agora não tem nada a ver." Em março, ainda havia movimento, habituou-se a ver estudantes do politécnico e suas famílias por ali, junto à Sé da Guarda. Mês após mês, foi vendo menos gente, menos gente. "Há muito menos alunos e cada vez compram menos."

