
Carlos Cortes, bastonário da Ordem dos Médicos, está preocupado com uma eventual paralisação do trabalho dos tarefeiros nas urgências do país
Foto: Adelino Meireles
Os prestadores de serviços do SNS ameaçam parar se as regras a anunciar não agradarem, nomeadamente o valor pago à hora. A negociação à mesa com a tutela acontece para a semana. O diploma não saiu, não se sabe quando sairá. A situação é delicada, destapa fragilidades, condições de trabalho, vínculos, vícios. O sistema está numa encruzilhada. Refém dele próprio.
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A ameaça de paralisação dos prestadores de serviços do Serviço Nacional de Saúde (SNS) está a abanar os alicerces do sistema. E a destapar as suas vulnerabilidades. Os tarefeiros não têm vínculo contratual, passam recibos verdes, trabalham para empresas e para multinacionais, recebem à hora, fala-se numa média de 40 euros. São cerca de quatro mil e custaram ao Estado aproximadamente 213 milhões de euros em 2024, quase 18 milhões por mês. Em 2025, estima-se que o valor possa atingir os 260 milhões.
