No meio de uma semana absolutamente banal, com as polémicas do costume, os (var)es abertos, a inflação, o fecho das pediatrias e as oportunas greves à sexta-feira, dois vultos do futebol português celebraram mais um aniversário.
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O enorme Paulo Futre, que chegou aos 57 anos com toda a humildade do Mundo e aquele sotaque e postura que me fazem sorrir, e o professor Carlos Queiroz, que atingiu os 70 anos e prossegue a carreira além fronteiras, depois de se ter "divorciado" de Portugal.
Ouvi alguns comentadores a apontarem o dedo à imprensa por não dar o merecido reconhecimento a Carlos Queiroz, que mantenho no meu imaginário como o grande mestre que conduziu a seleção de sub-20 a dois títulos mundiais. Aceito que há um antes e depois de Queiroz no futebol cá do burgo, uma espécie de revolução, mas também há um antes e depois de Queiroz, a partir de 2010, quando deixou o comando da seleção principal. Essa falta de reconhecimento também se deve a Queiroz, que, na verdade, não precisa de Portugal para nada. Assim fosse e talvez pudesse responder às mensagens e solicitações que lhe são feitas. Pelo menos, fiz a minha parte... e aguardo resposta.
Já Paulo Futre, que ainda há dias juntou meio mundo numa fila, em Madrid, numa sessão de autógrafos, teve a hombridade de dispensar um pouco do seu tempo para responder e agradecer as centenas de felicitações que recebeu. Muito provavelmente, o "El Portugués" nem se lembra de metade das pessoas que lhe enviaram mensagens, mas, mesmo assim, teve o cuidado de retribuir o gesto. Só prova que tem bom coração e isso faz a diferença.
Hoje é sábado e temos árbitros cipriotas a apitar novamente na Liga 2 (porquê?), no Moreirense-Trofense, e, vá-se lá saber, não há recolha de lixo (sólido) em Gondomar. Vale-nos o Festival da Canção para dar música à malta e esquecer o mau cheiro.
*Editor-adjunto