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Ou “o dado foi lançado”, frase tantas vezes citada e atribuída ao imperador romano Júlio César, parece definir bem o “estado da arte” no campeonato português. Chegado aqui, empatado na classificação a duas jornadas do fim, o Benfica terá de vencer o seu rival e para tanto precisa de mostrar a consistência, o foco e o talento que revelou nos jogos ditos “grandes” e que lhe falhou noutros não tão grandes como no sábado, no Estoril, onde, depois de uma primeira parte dominadora e eficaz, “adormeceu” por volta da hora de jogo e, como em tantas outras vezes nesta época, deu “sorte ao azar”, arriscando-se a ir para a decisão na depressão de um empate inesperado.
Agora é esperar que no próximo sábado a defesa mostre a maturidade de Otamendi e a irreverência de Carreras, o meio-campo a consistência de Aursnes e o talento do Kokçu e o ataque a eficácia de Pavlidis ou o génio de Di María para podermos sonhar com o título numa época difícil, com altos e baixos, momentos mágicos, mas também outros de pôr os nervos em franja a qualquer adepto, numa equipa que às vezes parece gostar de sofrer para ganhar.
Numa Luz que estará a fervilhar, vencerá quem melhor souber lidar com a pressão e com as incidências do jogo e, por isso, aos adeptos pede-se apoio, mas também paciência, pois mais do que um dia de cada vez, que Lage tanto gosta de citar e está escrito na cabeça do capitão, este é um daqueles dias que não tem outra vez e onde só um Benfica ao nível do melhor da época poderá aspirar a ser feliz. Vamos a isso!
*Adepto do Benfica