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Estão em curso alterações aos Estatutos da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). O processo tem por base uma imposição do Instituto Português da Juventude e do Desporto (IPDJ), sendo obrigatório para a renovação do Estatuto de Utilidade Pública Desportiva (UPD), por parte da FPF.
A renovação do UPD, enquadrado no âmbito do Decreto-Lei n.º 248-B/2008, de 31 de dezembro, que estabelece o regime jurídico das federações desportivas e as condições de atribuição do estatuto de utilidade pública desportiva, decorre de quatro em quatro anos e é fundamental para o funcionamento interno das organizações referidas.
A alteração aos Estatutos que lhe subjaz oferece, assim, uma oportunidade de auscultação aos sócios ordinários. A FPF, consciente dessa oportunidade e tendo em vista o fortalecimento da representatividade, tem promovido sessões de esclarecimento com os associados e registado todos os contributos. As Associações Distritais e Regionais foram as primeiras a serem recebidas na Cidade do Futebol e seguir-se-ão as Associações de Classe e os clubes do futebol profissional.
Entre as alterações aos Estatutos propostas pela FPF para posterior aprovação, encontram-se a inclusão de três novos órgãos consultivos de apoio à organização – Conselho Superior, Conselho Estratégico e Comissão de Ética –, tal como estava previsto no Plano Programático da candidatura de Pedro Proença à FPF, e a mudança da designação da Comissão de Ética e Fair Play, enquanto comissão permanente, para Comissão do Fair Play.
Os Estatutos representam a Carta Magna de uma federação. Um texto que carrega uma instituição centenária, no caso da FPF. São o suporte da organização e, apesar de estarmos perante uma proposta já com um grau de maturação elevado, há sempre lugar para atualizações e melhorias. O envolvimento dos associados é, pois, fundamental para uma FPF mais plural e representativa. Ganha a Federação e ganha, sobretudo, o futebol.