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O médio espanhol Rodri, do Man. City, avisou esta semana, na véspera do jogo da Liga dos Campeões, que os jogadores podem avançar em breve para uma greve como forma de intensificar o protesto contra a sobrecarga de jogos. Dias antes, o médio Kevin de Bruyne, também do Man. City, já tinha abordado o tema da sobrecarga competitiva e nos últimos dias foram vários os jogadores a subscrever as palavras de Rodri, casos de Alisson Becker, guarda-redes brasileiro do Liverpool, ou Jules Koundé, defesa francês do Barcelona.
O tema não é novo, mas a corda continua a esticar, época após época, ameaçando romper a qualquer momento, o que aumenta a necessidade de diálogo entre todos os protagonistas na procura de soluções consensuais.
A este nível, importa destacar a forma como a Liga Portugal tem procurado ouvir todos aqueles que fazem parte do ecossistema do futebol profissional, desde logo, e em sede de diálogo social, as principais associações de classe, que representam jogadores, treinadores e árbitros.
Por outro lado, a reformulação da Allianz Cup (Taça da Liga), que a partir desta época passa de 37 para 7 jogos, foi uma resposta clara ao novo ciclo e à maior densidade competitiva das provas europeias, sendo ainda de referir, pela sua relevância, a queixa conjunta da European Leagues, também presidida por Pedro Proença, e da FIFPro (Federação Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol) junto da Comissão Europeia, face à recusa da FIFA em incluir ligas nacionais e sindicatos de jogadores no seu processo de tomada de decisão em relação ao número de jogos internacionais.
É importante que todas as entidades responsáveis pela calendarização nacional, nas mais variadas provas, sobretudo aquelas que impactam no Futebol Profissional, continuem a mostrar sensibilidade para esta problemática e para a procura constante de equilíbrios que protejam os jogadores e todos os outros intervenientes. Só assim os jogadores são defendidos e só assim se salvaguarda a essência do futebol.