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Depois do encerramento do mercado e do inegável reforço das opções do plantel, a jornada do Benfica estava marcada pelo clássico, e pela oportunidade de “ganhar” pontos aos rivais, e balanço para o jogo da “Champions”. O objetivo mínimo foi conseguido, os três pontos garantidos, mas, para além da confirmação de um Pavlidis confiante e goleador, da eficácia nos lances de bola parada e de alguns pormenores dos reforços Bruma e Belotti, as notícias não foram as melhores. Desde logo, e sobretudo, as lesões de Bah e Manu, que os retiram da competição durante largos meses e que irão limitar as opções que tinham sido conquistadas no início da semana; a continuação de um Benfica de duas “caras,” capaz de parecer ir resolver o jogo rapidamente para acabar a queimar tempo para não ter dissabores; e, por fim, e o mais intrigante, o facto de pelo terceiro jogo consecutivo para a Liga oferecer um golo ao adversário e, assim, acabar a defender num jogo em que podia ter goleado. Não se trata de defender mal, de mau posicionamento ou falta de atenção, que acontecem, mas literalmente de estar com a bola dominada, jogo controlado e, de repente, fazer uma “assistência” a um adversário. Não está em causa a qualidade de António Silva, Trubin e Carreras, os que tiveram esse azar, mas não deixa de ser preocupante a forma masoquista como a equipa parece especular com o jogo. Quarta-feira regressam os jogos europeus e só o “Benfica de Turim,” concentrado, rigoroso e intenso nos noventa minutos pode aspirar à vitória. Sem ofertas ao adversário ou, como se diz em linguagem tenística, sem erros não forçados...
*Adepto do Benfica