Corpo do artigo
A integridade e sustentabilidade das competições profissionais constituem dois dos princípios basilares que norteiam os campeonatos que as integram.
A garantia de que a Liga Portugal dispõe de mecanismos adequados à concretização de um modelo sustentável reforça aquela que é hoje uma das marcas identitárias do organizador Liga Portugal.
Tornou-se, por isso, absolutamente inquestionável que a verificação do cumprimento salarial constitui um dos eixos fundamentais para a salvaguarda da verdade desportiva e da integridade das competições profissionais em Portugal.
Desde a época 2019-20 que a verificação do cumprimento salarial passou a abranger toda a época desportiva, recorrendo a quatro períodos de verificação. Fomentou-se, desde aí, a defesa dos legítimos interesses dos atores principais da indústria do futebol.
Tal não seria possível, porém, sem um quadro sancionatório consequente, que as sociedades desportivas, por via da autorregulação, souberam impor a si próprias: subtração de pontos (mínimo de dois e máximo de cinco pontos, elevados para o dobro em caso de reincidência) para os clubes que, em cada período, não demonstrem a inexistência de dívidas correspondentes a retribuições-base e compensações mensais a jogadores e treinadores com contrato de trabalho ou formação registado na Liga Portugal.
Complementarmente, o licenciamento para a participação nas competições da Liga Portugal assenta hoje em requisitos cumulativos, de natureza desportiva, legal, infraestrutural e financeira, levando à exclusão das competições, como já aconteceu, a quem incumpra ou não esteja à altura desta exigência e rigor.
O lema imposto na presidência de Pedro Proença é impressivo, mas assaz concludente: nas competições profissionais não está quem quer, mas somente quem pode!
Só assim se assegura e faz prevalecer a sustentabilidade de um modelo que, sem descurar o seu contínuo aperfeiçoamento, é hoje absolutamente decisivo para a salvaguarda da integridade e sustentabilidade das competições profissionais em Portugal.