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Foi ontem divulgado o resultado do licenciamento e a relação definitiva dos clubes participantes em cada uma das competições do futebol profissional em 2024/25. A decisão final assentou num procedimento absolutamente transparente, que assegura a integridade da informação recebida e procede a uma análise rigorosa e objetiva dos mais variados requisitos, desde logo os de índole financeira, mas também desportiva, legal e infraestrutural.
Transversalmente, a Liga Portugal havia já criado no início da época o Departamento de Controlo Económico e Licenciamento, tendo em vista o acompanhamento permanente do cumprimento dos requisitos para participação nas competições profissionais, contribuindo assim para a credibilização de um procedimento de licenciamento que é hoje merecedor da máxima confiança.
A robustez da avaliação financeira está sustentada no meticuloso trabalho de análise efetuado por uma Comissão de Auditoria independente, composta por elementos indicados pela Liga Portugal, pela Federação Portuguesa de Futebol, pelo Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol e pela Associação Nacional de Treinadores de Futebol.
O caderno de encargos financeiro engloba, por exemplo, a obrigatoriedade de as sociedades desportivas apresentarem certidões de inexistência de dívida à Autoridade Tributária e à Segurança Social, assim como a outros clubes, a jogadores, treinadores e outros funcionários, requisitos essenciais para a integridade e sustentabilidade das competições.
Se dúvidas existissem quanto à relevância desta matéria para a Liga Portugal, a integração de um programa de sustentabilidade económica e financeira no regulamento das competições, a partir da próxima temporada, é sintomática, assim como o aumento significativo das sanções para os clubes que falhem os controlos salariais durante a época, numa prova cabal da capacidade de autorregulação das sociedades desportivas.
O lema é impressivo, mas assaz concludente: o futebol profissional não é para quem quer, é para quem cumpre.