Corpo do artigo
Estou cansado de tanta mediocridade e visão redutora das coisas. Portugal dá uma tareia no Luxemburgo, sem Cristiano Ronaldo, e vêm logo os profetas da desgraça defender que assim é que é bom, que a seleção joga muito mais sem o CR7 e tudo flui melhor. Uns vão até mais longe e batem palmas ao suprassumo João Félix, para mim um dos maiores flops do futebol mundial, que, à custa novamente das engenharias de Jorge Mendes (este sim, um dos melhores do Mundo) conseguiu enganar o Barcelona e chegar a Camp Nou. Mas já chega de gastar carateres no menino mimado, que, dizem os génios da bola, vai explodir na Catalunha. Também podia falar de Rafael Leão, que, na seleção, é um verdadeiro trapalhão, mas isso fica para outras núpcias. Com Ronaldo, como argumentou Danilo, e bem, a seleção também iria golear o Luxemburgo, que, nesta fase de qualificação, não encontrou antídoto para a equipa das quinas. No total dos dois jogos, Portugal venceu 15-0 (6-0 e 9-0). Um passeio, portanto, que não permite retirar quaisquer ilações sobre o que realmente vale Roberto Martínez.
O que sei é que, noutros pelouros, que nos dias que correm me interessam mais e acredito que seja extensivo a muito boa gente, é o Luxemburgo que nos amassa, de forma bem pesada. Por lá, o salário mínimo está fixado nos 2570 euros, por cá, bem... parece mentira mas é verdade, a coisa fica-se pelos 760 euros. Ainda querem falar de bola?
Na paragem dos campeonatos, devido às seleções, valeu a proeza dos sub-19 de Portugal, que se sagraram campeões da Europa de futsal. De facto, quando se alia o talento à organização e planeamento tudo se torna mais fácil e os resultados aparecem. O futsal português é um grande exemplo. A receita parece simples, e é de facto, mas nem todos conseguem aplicá-la, sobretudo, na formação, onde por vezes prevalecem outros valores e o poder do dinheiro. E falhados é coisa que não falta por aí.