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Há sensivelmente um ano, quando assumiu a Presidência da European Leagues, Pedro Proença tinha objetivos muito claros: estabilizar a organização, aprovar os novos estatutos, mudar o modelo de governação, apresentar contas positivas e recuperar a imagem e a força da Associação de Ligas Europeias entre os principais “stakeholders”. Metas que, diga-se, foram alcançadas em tempo recorde.
Ao longo deste curto percurso, salta à vista a forma como o dirigente português tem sabido exercer a “magistratura de influência”, característica fundamental para quem ocupa cargos desta responsabilidade, dimensão e transversalidade, designadamente tendo em conta as diferentes sensibilidades entre “players” como a UEFA, a ECA (European Club Association), a FIFPro (Federação Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol) ou a FSE (Associação Europeia de Adeptos), entre outros.
O anúncio do regresso da La Liga espanhola ao seio da European Leagues é a prova cabal da forma como a instituição foi capaz de recuperar estatuto e voz ativa, partindo da credibilidade de uma liderança sólida, positiva, dialogante e agregadora, e tendo por base o prestígio e credibilidade de um Presidente exímio em construir pontes e cujo percurso no mundo do Futebol lhe permitiu colecionar amizades e exponenciar uma rede de contactos da qual faz parte Javier Tebas, líder da La Liga e que, recorde-se, tinha já elogiado a eleição de Pedro Proença para a European Leagues, em fevereiro passado.
O reforço dos laços institucionais e do espírito agregador entre os principais “stakeholders” é cada vez mais decisivo para os grandes desafios desta atividade e, em particular, para a sustentabilidade e valorização das Ligas Europeias. Requer dirigentes experientes, bem preparados e com uma visão 360. A Liga Portugal e a European Leagues são disso bons exemplos.
Daí que o futuro tenha muito a ganhar com este presente feito de lideranças pelo exemplo, que constroem pontes, geram consensos e dessa forma ousam transformar.