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1 - Mais um ano de vida do “Jornal de Notícias” se perfaz hoje.
E, tal como em anos anteriores, cumpro a tradição de o saudar.
A ele, aos que o fazem e aos seus leitores.
2 - Garantir a existência de órgãos de comunicação social é cada vez mais complexo.
Os desafios destes tempos acelerados, das inovações científicas e tecnológicas, das mudanças culturais e sociais em geral, das imprevisibilidades geopolíticas globais, continentais e de cada sociedade específica, além das alterações demográficas, comportamentais e conjunturais - tudo isso converte a missão comunicacional numa aventura diária, sem paralelo com o que era fazer jornais, rádio ou televisão há 30, 20, 10, 5 anos.
E os constrangimentos financeiros aumentaram e aumentam cada dia que passa.
Por isso, o mérito de quem persiste nessa aventura é sempre maior.
E é sempre mais indispensável àquelas sociedades que querem ser democráticas, e não desistir de procurar maior qualidade nessa Democracia.
3 - É também esse o apelo que, em Portugal, decorre de meio século de ter um regime de censura, ou seja, de cerceamento de direitos, liberdades e garantias, de que a liberdade de expressão do pensamento foi, sistematicamente, das mais atingidas.
E, porque o que importa é, mais do que olhar para as décadas percorridas, construir as que temos pela frente, que o 2 de Junho de 2024 seja para o Jornal de Notícias, como para a comunicação social no seu todo, um sinal de mais liberdade, mais pluralismo, mais Democracia, é o meu voto.
E, certamente, o voto de muitas e muitos portugueses.