Natureza escreve-se com “b” de be@t
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“Da Natureza, de forma circular e sustentável, para as pessoas” - a frase foi escolhida como assinatura do projeto de bioeconomia no têxtil e vestuário: be@t. Mas a escolha não foi, essencialmente, por ser bonita; foi, antes, por traduzir fielmente o espírito e a missão deste ambicioso projeto iniciado em julho de 2022 por um consórcio liderado pelo CITEVE.
Pela mesma razão, é esse o tema do evento em que vão ser revelados já alguns resultados, apresentadas demonstrações e realizadas tertúlias temáticas, num “be@t day” aberto ao público que acontece na próxima quarta-feira, 10 de julho, no Parque da Devesa, em Vila Nova de Famalicão.
A meio da sua concretização (termina em dezembro do próximo ano), o be@t chamou Joana Barrios e Paulo Gomes para ajudar a demonstrar como se está a investir perto de 140 milhões de euros públicos e privados, fruto do esforço conjunto das pequenas e grandes empresas do setor, entidades académicas, centros de investigação e consultoras, num total de 56 parceiros com o apoio do PRR - Plano de Recuperação e Resiliência e dos fundos europeus Next Generation EU. A multifacetada apresentadora, que faz parte do corpo de embaixadores be@t, e o criativo têxtil e da moda assumem a condução do “be@t day”, onde se explicará então como tal investimento está a desbravar caminhos de sustentabilidade económica e ambiental para o setor têxtil e de vestuário.
Em espírito descontraído, ao ar livre, em contacto com a natureza, os focos estarão na busca de matérias-primas alternativas às de origem fóssil (já ouviu falar de vestuário feito a partir de folhas de bananeira?), na circularidade dos materiais (imagina personalizar o seu vestuário com recurso a cinzas provenientes da indústria de biomassa?) e nos processos mais sustentáveis, entre as muitas vertentes que têm vindo a ser trabalhadas.
A par disso, também a mudança de mentalidades a nível de consumo é alvo do empenho do be@t, para dar vigor a atitudes que facilitem a circularidade dos materiais, o consumo esclarecido, a reutilização de produtos. O resultado será a dobrar, pois, a par da melhoria efetiva do ambiente e do planeta, a ousadia de investir no be@t permitirá também ao têxtil e vestuário português reafirmar-se na vanguarda internacional, contribuindo para o robustecimento da economia nacional.
Tudo isso é bioeconomia. Isso e o muito com que se vai preencher um dia inteiro de be@t, “da Natureza, de forma circular e sustentável, para as pessoas”.